A Polícia Federal começou uma investigação contra a Itapemirim, para apurar desvios da empresa na operação de voos e nos investimentos em criptomoedas de Sidnei Piva de Jesus, dono do grupo.
Na última sexta-feira (17), a empresa cancelou suas atividades e deixou milhares de clientes sem ter como viajar no fim do ano. Segundo a companhia, a decisão de paralisar suas atividades foi para a realização de ajustes operacionais.
De acordo com centenas de investidores da Itapemirim, Sidnei não devolveu cerca de R$ 400 mil que foram investidos na criptomoeda CrypTour, lançada em julho pela empresa de transporte. Além disso, eles acusam o empresário de retirar do ar a plataforma Extrading, impedindo que que os investidores pudessem pedir o resgate ou simplesmente ter acesso a informações sobre o destino do dinheiro.
A Polícia Federal acredita que tenham sido cometidos os crimes de crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.
A Itapemirim está com seu COA (Certificado de Operador Aéreo) suspenso desde a sexta-feira (17) pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). No último final de semana, cerca de 430 passageiros foram reacomodados em voos de empresas concorrentes. Aproximadamente 7 mil passageiros também estão em processo de reembolso.