
A noite de segunda-feira (5) foi de novo sofrimento para o torcedor alvinegro. Diante de mais de seis mil pessoas no Estádio Orlando Scarpelli, o Figueirense perdeu por 3 x 2 para o Caxias e segue sem vencer na Série C. Foram quatro rodadas e apenas um ponto somado, campanha que mantém o time na lanterna da competição que disputa pela quinta temporada consecutiva. Nem o novo técnico Pintado pôde estrear ( nome não apareceu no BID da CBF) e a equipe foi comandada interinamente por Rodrigo Carpegiani, do sub-20.
O início de jogo foi até promissor, com o Figueirense mostrando certa organização ofensiva. Mas a fragilidade defensiva, que já é uma marca nesta temporada, voltou a aparecer. O Caxias abriu o placar aos 21 minutos em chute de Welder, após erro de saída de bola e desvio na zaga. O empate veio com Lucas Dias de cabeça, mas a desatenção defensiva custou caro novamente antes do intervalo: falha coletiva e novo gol de Elder, aproveitando erro do lateral Léo Maia.
Na volta do intervalo, a esperança de reação durou pouco. Com apenas quatro minutos, o lateral Samuel perdeu uma bola dominada na defesa e Tomás Bastos marcou o terceiro do Caxias. O golpe foi sentido nas arquibancadas: faixas contra a SAF alvinegra, protestos e gritos exigindo a saída do presidente da SAF, Prisco Paraíso e do dirigente José Carlos Lages. O clima era de revolta total.

Mesmo com um segundo gol marcado por Ligger aos 44 minutos, o time gaúcho administrou bem o resultado e saiu com os três pontos. Para os torcedores alvinegros, a presença de Júnior Rocha, técnico do Caxias e ex-comandante do Figueirense, foi mais uma lembrança amarga de um passado recente que parecia promissor, mas ficou para trás. O clube catarinense, hoje, vive um de seus momentos mais sombrios.
Nesta terça-feira (6), o Conselho Deliberativo se reúne em meio à pressão intensa da torcida. A situação é crítica: com apenas um ponto em 12 disputados, o Figueirense já começa a fazer contas para evitar o rebaixamento. Para sonhar com classificação, precisa de ao menos nove vitórias em 16 jogos, algo improvável com o desempenho atual. A próxima partida será fora de casa contra o Itabaiana, em Sergipe. Mais do que vencer, o clube precisa reencontrar um rumo.