
A fase do Figueirense na Série C é, no mínimo, preocupante. Com mais um empate decepcionante diante do modesto Itabaiana, fora de casa, o clube catarinense segue sem vencer na competição e amarga a lanterna do campeonato. O técnico Pintado tentou promover mudanças, mas o que se viu foi mais uma atuação apática, marcada por um ataque improdutivo e um sistema defensivo vulnerável. A realidade alvinegra é dura: o time luta, neste momento, apenas para evitar o rebaixamento à quarta divisão.
Mesmo com alterações no time titular, o Figueirense mostrou dificuldades na criação e pouca efetividade ofensiva. O gol sofrido em uma cobrança de falta apenas reforça o momento instável do goleiro Fabrício e da defesa como um todo. A reação veio apenas no segundo tempo, mais na base da insistência do que da organização. O empate, resultado de uma jogada acidental contra o próprio gol do adversário, ilustra bem a falta de brilho e competência do time.
O que preocupa mais do que os números ruins é a ausência de perspectivas. A cada rodada, a impressão é de que o Figueirense está mais longe de reencontrar o caminho das vitórias. O discurso de recuperação não se sustenta sem uma atuação convincente dentro de campo. E fora dele, a turbulência também continua, com incertezas administrativas e uma recuperação judicial que paralisa qualquer possibilidade de reestruturação concreta e imediata.
O torcedor alvinegro vive um momento de angústia e apreensão. Ver o clube, outrora protagonista de grandes campanhas na elite do futebol brasileiro, agora lutando para não cair à Série D é um cenário desolador. O peso da camisa e a tradição já não intimidam mais os adversários. E o pior: nem dentro do Scarpelli, onde o time historicamente construiu sua força, o Figueirense tem conseguido se impor.
O próximo desafio, contra o Ituano, é mais um teste de fogo. A equipe paulista vive fase oposta: está no G-8, com uma campanha sólida e consistente. Para o Figueirense, será mais uma partida com a corda no pescoço e com o fantasma do rebaixamento rondando. A esperança do torcedor resiste, mas já não encontra respaldo nos resultados nem no desempenho. O momento é de alerta máximo e de ação urgente.