O Figueirense vai brigar pelo título estadual disse Enrico Ambrogini, CEO do alvinegro, ao participar do Debate da Pan, da Jovem Pan News, na tarde desta terça-feira (7). Se não der título, disse o dirigente, que ao menos faça a final para garantir uma das vagas na Copa do Brasil. “Que me desculpem os demais, não vejo favorito no Catarinense. Acredito que será um bom ano, mudamos o foco e agora nossa prioridade será o futebol. Não é só melhorar a folha de pagamento, olhamos também para a estrutura, obras no Centro de Treinamento em tempo recorde com campo de grama sintética, enfim, um ano de mudanças na gestão e pés no chão”, acrescentou Ambrogini.
Paulo Branchi comandou a entrevista na Pan, que teve a participação de Carlos Alberto Ferreira, Márcio Martins e Pepeo Cardoso. Ambrogini disse estar adaptado à cidade e a família adorou morar em Florianópolis. Revelou que está muito feliz com o que tem visto de evolução física e técnica do grupo. “Melhoramos a competitividade com a mudança de perfil dos atletas, caras que estão acostumados a ganhar. E quem está acostumado a ganhar é o técnico, um jovem de 36 anos. Todos vão ganhar com o projeto avançando”.
Sobre as questões adminstrativas e financeiras, Ambrogini disse que não estão totalmente resolvidas. Mas adiantou que se mantiver o que já foi feito, não vai ter dívida no ano. Revelou que os gestores anteriores não cuidaram como deveriam da manutenção. “Conseguimos economizar e colocar um dinheiro lá no Centro de Treinamento. A parceria com a Clave é um projeto esportivo e na Série C não tem como manter de pé. Vamos usar caixa para melhorar um pouquinho e avançar”.
Sobre a saída de Marco Aurélio Cunha, o CEO disse que estava mais ou menos prevista em função dos afazeres de MAC em São Paulo. “Ele tem muito relacionamento e acho que ele me completava. A gente conseguiu fazer essa mescla com o Wilson, uma surpresa positiva para nós, um pouco de mim e do MAC e vai muito bem. Gostei da escolha do treinador e da ação do Wilson. Todo jogador que chegava ele levava para conhecer o memorial. O Wilson ainda está cru na função, mas estou muito esperançoso com ele. Vi que é um cara diferente”, disse.
Ambrogini disse que o Figueirense está pronto para o Campeonato e voltou a frisar que vai brigar pelo título. “Não tem jeito, é o que a torcida quer. Vamos fazer os melhores acordos, entramos com a camisa limpa. Queremos bons patrocínios e melhorar o número de sócios. Se o campo ajudar, poderemos chegar a 11 ou 12 mil sócios. Temos que entregar o resultado. Vejo um futuro muito promissor com o Thiago Carvalho, trabalho muito bem feito. Mais do que ganhar os jogos, entregar qualidade e posse de bola”.
O Figueira não vai parar, segundo Ambrogini, outras contratações chegarão futuramente. Não sabemos quando, disse ele, mas vamos trazer. Sobre a estrutura administrativa, Enrico Ambrogini destacou o que chamou “Nosso caos ordenado que funciona bem”. “A Clave é o principal investidor e enquanto não tiver a homologação da RJ, não tem possibilidade de converter as ações, as debêntures. Você pode devolver o dinheiro pagando o empréstimo, ou seja, enquanto não acontecer, é apenas credora. Quem bota o dinheiro dá a diretriz”.