O Avaí sofreu mais um duro golpe na Série B do Campeonato Brasileiro. Na noite de quinta-feira (24), no estádio Mangueirão, em Belém, o Leão da Ilha perdeu de virada para o Remo por 2 a 1, chegando ao quarto jogo sem vitória e despencando para a nona colocação. A partida foi marcada por um erro decisivo do árbitro Emerson Almeida, que assinalou pênalti inexistente aos 42 minutos do segundo tempo após suposto empurrão de Marcos Vinícius em Pedro Rocha. O VAR ainda chamou o árbitro para rever o lance, mas ele manteve a decisão e confirmou a penalidade, convertida pelo artilheiro da competição.
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A derrota teve ingredientes que ampliam o sentimento de frustração na Ressacada. O Avaí havia saído na frente logo aos dois minutos, com Emerson Ramon aproveitando erro da defesa para marcar. Mesmo melhor no início, desperdiçou chances e viu o adversário crescer. Matheus Davó empatou de cabeça e, já na reta final, veio o pênalti polêmico que sacramentou a virada azulina. No fim do jogo, o zagueiro Jonathan Costa ainda foi expulso após erro de Mendes, que perdeu a bola e deixou o companheiro como último homem.
O clube reagiu com indignação. Ainda nos vestiários, o presidente Júlio Heerdt fez um pronunciamento cobrando a CBF por uma arbitragem mais qualificada. Nesta sexta-feira (25), o Avaí publicou uma nota oficial de repúdio nas redes sociais, denunciando o prejuízo causado por decisões que, segundo o clube, interferem diretamente no campeonato.
Além do peso do resultado, o momento técnico preocupa. A equipe perdeu rendimento, não consegue reagir e vê rivais diretos, como Criciúma e Chapecoense, ultrapassarem na tabela. O Leão da Ilha não consegue aproveitar as chances que cria, seus atacantes seguem ineficazes e Jair Ventura, na coletiva, voltou a pedir mais reposições, demonstrando clara insatisfação. A situação financeira também pressiona: o clube tem até o dia 31 de julho para quitar todos os salários atrasados, conforme promessa da diretoria.
Na próxima segunda-feira (28), o Avaí recebe o Botafogo-SP na Ressacada. O duelo marca o fechamento do primeiro turno e é encarado como decisivo para tentar amenizar a crise, melhorar a pontuação atual de 25 pontos e, quem sabe, reencontrar um mínimo de confiança. Porque, neste momento, falta futebol, faltam peças e sobram problemas.
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