
O Figueirense protagonizou mais uma atuação preocupante neste início de Campeonato Brasileiro da Série C. A derrota por 3 a 2 para o Tombense, fora de casa, foi marcada por erros grotescos no sistema defensivo e uma postura apática nos primeiros 30 minutos de jogo. A equipe chegou a estar perdendo por 3 a 0 com menos de 25 minutos de bola rolando, algo que escancara a fragilidade de um time desorganizado e que, até agora, não mostrou a que veio na competição.
O adversário soube aproveitar o descontrole alvinegro. Com duas boas jogadas de Rafael Silva, autor de dois gols e destaque da partida e outro gol contra de Lucas Dias, embora o chute tenha sido seu, o Tombense liquidou a fatura cedo, obrigando o Figueirense a correr atrás do prejuízo. Lucas Dias, que já havia marcado contra, descontou ainda no primeiro tempo, e Marlyson, de pênalti, reacendeu brevemente a esperança no segundo tempo. Mas a reação, ainda que valente, foi insuficiente para apagar a péssima impressão deixada.

O torcedor está impaciente e com razão. O time se comportou como uma colcha de retalhos, sem padrão tático, sem firmeza na marcação e sem equilíbrio emocional. Thiago Carvalho, o técnico, está na berlinda. A pressão por mudanças já é forte nas arquibancadas e nas redes sociais. O elenco, aparentemente limitado, carece de reforços urgentes, especialmente na defesa, onde a insegurança é evidente.
Com apenas um ponto em duas rodadas, o Figueirense está mais perto da zona de rebaixamento do que do topo da tabela. É cedo para sentenciar a campanha, mas o sinal de alerta está aceso. O próximo compromisso, fora de casa contra o Retrô, será decisivo não apenas pelos três pontos, mas também para avaliar se o time tem capacidade de reação real ou se vai apenas cumprir tabela em um campeonato que exige consistência e superação.
A reconstrução passa por atitude, organização tática e reforços certeiros. Não há mais espaço para desculpas ou discursos vazios. A torcida já deu seu recado: é hora de vencer e convencer.