Avaí joga sob pressão em Belém

O Avaí encara o Remo pela 18ª rodada da Série B na noite desta quinta-feira (24), no Estádio Mangueirão, em Belém, às 21h35min, carregando mais dúvidas do que certezas. O time de Jair Ventura, atualmente na oitava colocação, precisa da vitória para não se afastar ainda mais da briga pelo G-4. Mas a instabilidade em campo e o cenário de desmonte no elenco tornam a missão ainda mais difícil. Após empates frustrantes e a derrota acachapante como o 4 a 0 para o Atletic, o Leão da Ilha chega pressionado ao duelo na capital paraense.

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A equipe sofre com a perda de peças importantes. O volante Barreto, titular e um dos líderes no meio-campo, foi para o futebol japonês. O zagueiro Pedrão, que vinha sendo utilizado com frequência, retornou ao Cruzeiro e foi negociado. O atacante Renan sequer estreou e já deixou o clube rumo ao Confiança. As reposições são tímidas e questionáveis: a única chegada recente foi Guilherme Santos, atacante vindo da reserva do Botafogo-PB na Série C, que já teve passagem apagada pela Ressacada.

Dentro de campo, o técnico Jair Ventura tenta encontrar soluções com um elenco cada vez mais limitado. Nomes como Alef Manga, que entra em quase todos os jogos, ainda não justificaram a confiança da comissão técnica. A oscilação é a tônica do time, que alterna momentos de controle com apagões defensivos e enorme dificuldade na criação. O empate em casa diante do Vila Nova, cedido nos minutos finais, é sintomático da fragilidade emocional e tática da equipe.

Além do mau momento técnico, o Avaí convive com um ambiente de desconfiança fora de campo. Os atrasos salariais persistem, a diretoria parece incapaz de reforçar o grupo. A cada rodada, a Ressacada esvazia um pouco mais, num claro sinal de desgaste da relação entre clube e torcida. O desafio em Belém não é apenas bater um adversário historicamente difícil. O Remo tem vantagem nos confrontos diretos, mas o Avaí quer provar que ainda tem forças para reagir em uma Série B cada vez mais exigente. A arbitragem da partida ficará a cargo de Emerson Ricardo de Almeida Andrade (BA), com suporte do VAR comandado por Elmo Resende Cunha (GO). Para o Avaí, não basta apenas torcer por um bom apito: é preciso, urgentemente, voltar a jogar bola.