
O Avaí voltou a tropeçar na Série B e chegou ao oitavo jogo consecutivo sem vitória. Mesmo arrancando um empate por 2 a 2 diante do Cuiabá, na Arena Pantanal, na noite desta quinta-feira (10), a atuação da equipe foi confusa, desorganizada e evidenciou a falta de um futebol coletivo. A dificuldade na criação de jogadas e a ausência de aproximação entre os setores do time continuam sendo marcas preocupantes deste início de temporada. A torcida demonstra impaciência, e os jogadores já sentem o peso da má fase.
Logo aos seis minutos de jogo, o Avaí saiu atrás no placar após falha do goleiro César, aproveitada por Mateusinho. O Cuiabá teve chances claras para ampliar, explorando com facilidade a desorganização defensiva do time catarinense. A equipe de Jair Ventura cometeu muitos erros de posicionamento e decisão, refletindo a falta de sintonia em campo. Apesar disso, o Avaí conseguiu reagir no segundo tempo, especialmente após mudanças feitas pelo treinador, que colocou a equipe no ataque.
Com a entrada de Barreto e, mais adiante, dos atacantes Gaspar e Alef Manga, o Avaí demonstrou algum poder de reação. Alef Manga, inclusive, foi o grande destaque da equipe, marcando o primeiro gol e participando diretamente do lance que resultou no segundo, anotado por Barreto. No entanto, entre os dois gols da equipe catarinense, a defesa voltou a falhar de maneira grotesca e sofreu um gol de pênalti infantil cometido pelo capitão Eduardo Brock.
O empate acabou sendo justo, mas o nível técnico da partida foi sofrível, com muitos erros de ambas as equipes. Para o Avaí, o ponto conquistado tem gosto amargo. A equipe até mostrou poder de reação, mas a desorganização tática, a fragilidade defensiva e a baixa produtividade coletiva seguem sendo alarmantes. Jair Ventura terá muito trabalho para reorganizar o elenco e buscar uma reação, que precisa vir já no próximo compromisso, contra o Operário, atual campeão paranaense.
Foto: AssCom Dourado / Divulgação)