Porto de São Francisco do Sul bate recorde histórico e cresce 14% em movimentação de cargas

Porto bateu também recorde histórico na importação de fertilizantes e produtos siderúrgicos | Foto: Gustavo Camargo/SCPar/Porto de São Francisco do Sul

O porto de São Francisco do Sul registrou um crescimento de 14% na movimentação de cargas durante 2021, chegando a 13,6 milhões de toneladas, o maior volume registrado na história do porto. Foi também eleito o 3º mais eficiente do Brasil, que leva em consideração, entre outros motivos, a agilidade no tempo de carga e descarga das mercadorias. Apesar do bom desempenho, o Governo do Estado estuda uma proposta do Governo Federal para desestatização dos portos catarinense, que atualmente, são administrados por municípios ou órgãos públicos. O porto de São Francisco do Sul é administrado pela SC Parcerias, uma empresa do governo estadual.

O presidente do porto, Cleverson Vieira, ressaltou que a administração estadual está avaliando com bastante cuidado a proposta que permitiria apenas empresas privadas administrar os portos estaduais. Ele admite que, apesar dos números positivos, o porto de São Francisco do Sul demanda muitos investimentos para sua manutenção e expansão. “Nós temos também demandas reprimidas bastante grandes. Nós fizemos em 2021 uma dragagem de manutenção que custou R$41 milhões. Então são recursos bastante vultuosos e o porto precisa sempre ter um fluxo de caixa adequado para que havendo necessidade, possa fazer esses investimentos necessários”.

A característica principal do porto de São Francisco está no transporte de grãos cultivados em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. 50% dos commodities chegam no porto através da malha ferroviária. “Sem acesso a ferrovia, o porto tem uma limitação muito grande. Por isso a insistência dos órgãos de classe em buscar a expansão das ferrovias, principalmente para produtos com valor agregado”. Em 2021, 460 navios atracaram na cidade, um aumento de 12% comparado a 2020.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina instaurou uma comissão especial para avaliação do projeto do Governo Federal para desestatização dos portos. Uma audiência pública realizada em novembro ouviu a população local e entidades, que rejeitaram o modelo. A comissão volta aos trabalhos no dia 1º de fevereiro.




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