Após aprovar a criação de um vale-alimentação de R$ 1 mil em uma votação polêmica de somente 37 segundos na última semana, os vereadores de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis, voltaram atrás e desistiram do benefício.
A proposta foi aprovada na sessão da última quinta-feira (6) com sete votos favoráveis e um contrário. O vídeo da sessão no site da Câmara de Santo Amaro da Imperatriz mostra que a discussão e votação do projeto duraram apenas 37 segundos. O benefício seria pago também em situações de férias, licenças e junto ao 13º salário.
O prefeito Gustavinho Abreu (PL), depois da polêmica despertada pelo caso, vetou o projeto de criação do vale-alimentação. Na segunda-feira (10), após a declaração de veto, os vereadores fizeram uma sessão extraordinária para analisar o veto à proposta.
Por unanimidade, a rejeição ao projeto que criava o novo auxílio de R$ 1 mil ao mês para os vereadores foi mantida pelos parlamentares, derrubando definitivamente o projeto. Uma resolução que estipulava o valor exato do novo benefício também foi, por consequência, derrubada.
Atualmente, os vereadores têm salário de R$ 10 mil em Santo Amaro da Imperatriz. A cidade tem 27 mil habitantes, segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na sessão em que a medida foi rejeitada, os vereadores não comentaram o caso ou explicaram o porquê da decisão de acatar o veto da prefeitura. A reportagem fez contato com o presidente da Câmara, Julinho Broering Neto (Podemos), mas não obteve retorno até a publicação.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito Gustavinho Abreu agradeceu aos parlamentares pelo que chamou de “gesto de grandeza em prol do município de Santo Amaro da Imperatriz”.
No sábado (8), após a repercussão negativa do caso, ele já havia publicado um vídeo afirmando que, embora estivesse presente na sessão em que o projeto foi aprovado para receber uma homenagem, ele não sabia qual era o teor da proposta.
Na ocasião, o prefeito anunciou o veto à medida que criava o vale-alimentação. O prefeito justificou o veto em razão de dificuldades encontradas pelo município, “com dívidas em torno de R$ 8 milhões”.
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