
O vereador Ricardo Pastrana (PSD) propôs o cercamento de parques e praças públicas de Florianópolis como forma de “preservar o patrimônio público” e aumentar a segurança nos espaços urbanos da capital catarinense. A indicação foi apresentada à presidência da Câmara Municipal no dia 4 de junho, aprovada e encaminhada ao gabinete do prefeito Topázio Neto (PSD), que ainda não se manifestou oficialmente sobre o tema.
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Segundo o parlamentar, a medida busca adotar práticas já comuns em outras cidades brasileiras e do exterior, onde o cercamento de áreas públicas resultou, segundo ele, na redução de vandalismo, maior controle de acesso e mais segurança para os frequentadores.
“O cercamento permite maior controle de acesso, o que inibe a ação de vândalos, usuários de entorpecentes e atividades criminosas, especialmente em horários noturnos”, argumentou Pastrana em vídeo publicado nas redes sociais.
Ainda de acordo com o vereador, a medida facilitaria a regulamentação de horários de funcionamento desses espaços, tornando-os mais seguros para famílias, crianças e demais usuários.
Na justificativa da indicação, Pastrana cita exemplos como o Parque da Aclimação, em São Paulo, e o Parque Tanguá, em Curitiba, ambos cercados, como referências de sucesso na aplicação da proposta.

Proposta divide opiniões
O vídeo em que o vereador explica sua proposta foi publicado na manhã da última terça-feira (24) e repercutiu rapidamente nas redes sociais. Até o fechamento desta matéria, somava mais de 163 mil visualizações e cerca de mil comentários, entre elogios e críticas.
“Ótima iniciativa, vereador. Concordo com você”, escreveu um internauta. Já outra usuária questionou a eficácia da medida: “No caso da Praça XV fechada, a tendência é o espaço ficar totalmente deserto”.
Reações na Câmara
A proposta também gerou reações entre outros parlamentares. Em nota, a vereadora Carla Ayres (PT) declarou preocupação com a iniciativa, argumentando que “espaços públicos são locais de convivência, expressão, afeto e resistência”, e que restringi-los pode representar uma “lógica de exclusão que afasta os mais vulneráveis”.
Já o vereador Leonel Camasão (PSOL) classificou a ideia como “louvável”, mas ponderou que o cercamento deve ser avaliado “caso a caso” e não adotado de forma generalizada.
Pastrana informou que está promovendo diálogos com a população sobre o tema e que, dependendo da receptividade, poderá transformar a indicação em projeto de lei.