Trio é condenado após tiroteio em bar e morte de homem no meio da rua na Serra Catarinense

Trio é condenado após tiroteio em bar e morte de homem no meio da rua na Serra Catarinense
Foto: Fórum de São Joaquim/Divulgação

Três réus foram condenados por entrar em um bar e tentar matar um rival em São Joaquim, na Serra catarinense, em um julgamento que durou mais de 17h. O trio também teria matado a tiros um homem no meio da rua. As penas, referentes aos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio e corrupção de menores, variam de 21 a 24 anos de prisão

Os crimes foram cometidos em 22 de agosto de 2020 em São Joaquim, quando os réus identificaram um desafeto em frente a um bar e atiraram contra ele, colocando várias pessoas em risco. O projétil atravessou a porta do estabelecimento e atingiu uma mesa de sinuca. O crime foi motivado por uma desavença antiga. O homem conseguiu fugir.

Durante o julgamento, o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), representado por dois promotores de Justiça, a titular da 2ª Promotoria da Comarca de São Joaquim e um representante do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GEJURI), apresentou as provas dos autos e desarticulou as tentativas da defesa de inocentar o trio, que tem relação com uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas.

A denúncia foi acolhida integralmente pelos jurados, e os réus foram condenados.

Qualificadoras dos crimes

Duas qualificadoras foram reconhecidas na tentativa de homicídio: o motivo torpe e o perigo comum. Conforme narra a denúncia da 2ª Promotoria de Justiça da comarca, “a ação expôs ao risco a vida e a integridade física dos frequentadores e funcionários do estabelecimento comercial, pois o disparo foi realizado em direção à porta do bar, em horário em que este se encontrava em pleno funcionamento”.

Minutos depois, os réus localizaram o outro alvo em uma rua e o mataram com oito tiros, sem que ele pudesse esboçar qualquer defesa. Segundo o laudo cadavérico, a morte ocorreu por anemia aguda em decorrência de trauma abdominal e torácico por múltiplos disparos de arma de fogo. O crime foi motivado por uma suposta dívida de drogas.

O homicídio teve duas qualificadoras: o motivo torpe e o recurso que dificultou a defesa da vítima. O MPSC frisou que “os denunciados agiram em conluio de esforços e unidade de desígnios com a finalidade de assegurar a reputação no mundo do crime e especialmente no tráfico ilícito de drogas, como represália ao sumiço de drogas de seus aliados”.

Após a leitura da sentença, os três réus foram reconduzidos ao Presídio Masculino de Lages para o cumprimento das penas. Eles não poderão recorrer em liberdade.




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