Três homens são condenados a 143 anos de prisão por estelionato em Santo Amaro da Imperatriz

Três homens são condenados a 143 anos de prisão por estelionato em Santo Amaro da Imperatriz
Foto: Freepik/Reprodução/

Três homens foram condenados a 143 anos de prisão por estelionato via marketplace na venda de veículos. A decisão foi proferida pela 2ª Vara da Comarca de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis.

A decisão é resultado das investigações conduzidas pela PCSC (Polícia Civil de Santa Catarina) na Operação Broke Down, deflagrada após denúncias contra um grupo criminoso que praticava estelionatos em todo o Estado.

Como agiam

Quando um proprietário de um veículo fazia o anúncio de venda, um dos criminosos, por meio de um perfil falso, entrava em contato e se mostrava interessado na compra.

A negociação era realizada por mensagens. O primeiro criminoso dizia que algum familiar iria buscar o veículo, sendo esse “familiar” o segundo criminoso. O “comprador” ainda dizia que o CRV (Certificado de Registro de Veículo) ficaria no nome de outro familiar, que é o terceiro criminoso.

Assim que a negociação era bem sucedida, a vítima entregava o veículo, pois os criminosos mostravam um comprovante de transferência falso.

No aplicativo da vítima, aparecia o saldo como “Bloqueado – análise bancária”. Apenas depois de um tempo a vítima era informada pelo banco que o dinheiro não havia sido depositado.

Conforme a PCSC, o banco solicitado às vítimas para transferência era sempre a Caixa Econômica Federal, pois provavelmente os criminosos descobriram um meio de burlar o sistema.

Quando a vítima tentava contato com os criminosos para buscar o pagamento, era extorquida a pagar uma certa quantia para reaver o veículo.

Crimes em todo o Estado

O grupo criminoso agiu durante meses em vários municípios de Santa Catarina. O número total de vítimas não foi divulgado.

Para dificultar o reconhecimento, diversos números de telefone e perfis falsos na internet eram utilizados. Por vezes, a falsidade ideológica era feita com dados interpostos de vítimas anteriores (diferentes combinações de nomes, sobrenomes, números, endereços, entre outros).

A PCSC estima que o prejuízo total dos estelionatos foi de cerca de R$ 1,5 milhão, mesmo com a recuperação de parte dos veículos obtidos através dos golpes.




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