Os trabalhadores do transporte público entraram em estado de greve na Grande Florianópolis. A decisão foi tomada em primeira assembleia, realizada na quinta-feira (16), após a categoria rejeitar a proposta apresentada pelo lado patronal e do poder público.
De acordo com Ederson Luiz Troian, secretário de imprensa do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano e Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de passageiros) da Grande Florianópolis, uma segunda assembleia aconteceu na tarde desta quinta, por volta das 15h30, o que manteve o estado de greve.
As reivindicações dos trabalhadores, segundo Troian, são referentes ao poder econômico e melhores condições de trabalho, tendo em vista que na pandemia foram retirado os cobradores.
A categoria está reivindicando o Inpc do ano ( 3,49%), 4,83% referente às perdas da pandemia e 5% de aumento real no salário.
Decreto de estado de greve
O decreto de estado de greve é o período que antecede a greve, como explica Troian. Segundo ele, o decreto é uma comunicação feita ao poder público e ao lado patronal de que pode haver paralisação do transporte a qualquer momento, após um período de 72 horas. A partir deste prazo, o transporte pode parar a qualquer momento.
Durante esse período o lado patronal pode apresentar novas propostas. Elas serão levadas para uma nova assembleia, onde a categoria decidirá se aprova ou não. Caso não sejam aprovadas, a categoria pode decidir pela greve após esse período.
“Será feita a entrega dos ofícios avisando o estado de greve para o patronato e poder público. A partir daí, após 72 horas, pode parar o transporte, caso não venham novas proposta. Após as 72 horas, não quer dizer que vai parar, mas sim, que pode ter paralisação ou greve a qualquer momento, ou nem ter, caso tenha nova proposta e seja aprovada”, esclareceu Troian.
O Consórcio Fênix informou que, no momento, as partes estão em negociação. A Jotur foi ainda não se manifestou sobre o assunto.