O Cetas-SC (Centro de Triagem de Animais Silvestres de Santa Catarina), hoje sediado no Rio Vermelho (Florianópolis), pode mudar de endereço. O assunto foi objeto de reunião, dia 17, entre a Prefeitura, por meio da Fundação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). Um terreno na Estrada Pagará, em São José, é a proposta em estudo, com localização estratégica, de maneira a receber animais resgatados de todo o Estado para tratamento.
Para que a transferência seja possível, é necessário firmar um convênio com o Ministério Público, com a verba do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), que se refere ao valor de condenações, multas e acordos judiciais e extrajudiciais, em face de danos causados à coletividade, em áreas como meio ambiente, consumidor e patrimônio histórico.
De acordo com Vanessa Moraes Nunes, bióloga, coordenadora de faunas do IMA, o terreno visitado em São José reúne condições adequadas para receber a unidade. Tendo em vista que os animais provenientes de resgates apresentam estado debilitado, é necessário que o imóvel tenha localização estratégica. Por toda a logística, que implica para seu funcionamento, pensamos em trazer para o Continente, para ser mais acessível, porque trazemos animais do Estado todo, então em decorrência do trânsito e deslocamento, ficaria mais fácil para os animais se fosse no continente.
Os Cetas possuem a finalidade de receber, identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar esses animais silvestres, com o objetivo de devolvê-los à natureza, além de realizar e subsidiar pesquisas científicas, ensino e extensão. Santa Catarina é uma das principais rotas do tráfico de animais silvestres. Segundo o Ibama, 38 milhões de animais silvestres são traficados no Brasil por ano.