Santa Catarina terá termo de cooperação com Embaixada nos Estados Unidos para segurança das escolas

Santa Catarina terá termo de cooperação com Embaixada nos Estados Unidos para segurança das escolas
Foto: MPSC/Divulgação

Compartilhar informações e iniciativas para segurança escolar vai motivar um acordo inédito entre Santa Catarina e a Embaixada Brasileira nos Estados Unidos.

A proposta partiu da comitiva Catarinense formada por integrantes do Comseg Escolar (Comitê de Operações Integradas de Segurança Escolar), que conta com a participação do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), em missão catarinense nos Estados Unidos.

A parceria terá o propósito de implementar em Santa Catarina iniciativas que tiveram êxito nos Estados Unidos para redução da violência escolar e criação de ambientes acolhedores. O documento será construído com a cooperação da Embaixada Brasileira nos Estados Unidos.

A missão envolve os integrantes do Comseg Escolar para aprofundar os entendimentos sobre as políticas de segurança em ambientes escolares. O MPSC é representado pelo seu subprocurador-geral para Assuntos Institucionais, Paulo Antonio Locatelli, e pelo coordenador do CyberGAECO, promotor de Justiça Diego Roberto Barbiero.

Também integram a comissão pela Deputada Estadual Paulinha e pelo Deputado Estadual Lucas Neves, que representam a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), e o capitão Leonardo Baccin, da Polícia Militar.

Dos Estados Unidos para Santa Catarina   

O modelo americano está consolidado desde a década de 1950, mas foi intensificado após o trágico massacre de Columbine, em 1999. Com um investimento de aproximadamente US$ 1 bilhão em programas de policiamento escolar, os Estados Unidos se tornaram um país referência nesse tema.

“Os encontros foram fundamentais para permitir a elaboração de normas de segurança e aperfeiçoamento dos meios de prevenção e de investigação. O engajamento dos diversos setores é impressionante e pilar do sucesso das medidas existentes. Forças policias, administração e a comunidade se unem em prol de garantir a segurança nas escolas tendo a justiça restaurativa como pilar estruturante no desenvolvimento das ações” avaliou Locatelli.

O coordenador do CyberGAECO, por sua vez, salientou que “O CyberGAECO foi instituído após o episódio de Saudades e, desde entao, buscamos aprimorar nossa atuação preventiva. As visitas técnicas permitiram conhecer experiências exitosas e soluções que podem ser utilizadas desde já para fortalecer a investigação cibernética e contribuir para que tenhamos ambientes escolares seguros e adequados ao desenvolvimento dos nossos futuros cidadãos”.

“A violência nas escolas dos Estados Unidos se tornou uma epidemia e acontece há muitos anos. Conhecer experiências de fracasso e sucesso na prevenção da segurança escolar têm sido incrível e nos ajudará a encurtar o caminho pra prevenir e reduzir a violência também nas escolas catarinenses”, destacou a deputada Paulinha.

“A ideia é voltar com exemplos concretos que possam ser implantados no nosso estado. As ações dos americanos levantam questões pertinentes, como o impacto na comunidade escolar e a busca pelo equilíbrio necessário para garantir um ambiente de aprendizado saudável”, citou o deputado Lucas Neves.

Plano de ação para as escolas de SC   

O Comseg Escolar é um grupo formado por mais de 30 entidades e constituído pela Alesc logo após a tragédia ocorrida em Blumenau, em abril deste ano, desde o início contando com a participação do MPSC.

Além das ações de segurança, o grupo foca também em iniciativas pedagógicas e de acompanhamento dos estudantes. O propósito do comitê é criar um ambiente de paz nas escolas e estabelecer políticas de longo prazo que reduzam os casos de violência no ambiente escolar.

Antes de ir aos EUA, a comitiva do Comseg Escolar fez missão internacional a Medellín, na Colômbia, para conhecer ações realizadas na cidade que reduziram os índices de violência escolar.

O grupo visitou instalações públicas em comunidades, escolas, espaços culturais e centros de formação de professores e de atendimento a famílias, conheceu planos de ação e ouviu especialistas sobre a transformação de Medellín, conhecendo de perto as ações desenvolvidas. Na missão à Colômbia, o MPSC foi representado pelo coordenador do CIJE (Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação) do MPSC, promotor de Justiça Eder Cristiano Viana.




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