
Santa Catarina tem puxado o desempenho do mercado imobiliário no Sul do Brasil, consolidando-se como o principal motor do setor na região. Entre março de 2024 e março de 2025, o Estado foi responsável por 65% do VGV (Valor Geral de Vendas) dos empreendimentos lançados, alcançando a marca de R$ 55,5 bilhões, segundo estudo da consultoria Brain. O montante supera com folga os R$ 30,2 bilhões somados por Paraná e Rio Grande do Sul no mesmo período.
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Os dados foram apresentados no último dia 17 em evento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), realizado na FIESC (Federação das Indústrias de Santa Catarina).
O desempenho catarinense nos primeiros três meses do ano é ainda mais expressivo. O VGV dos imóveis lançados no período atingiu R$ 14,8 bilhões, o que corresponde a 73,5% do VGV da região Sul. “No primeiro trimestre temos um impacto favorável da temporada de verão, já que a maioria dos lançamentos – especialmente os de alto padrão – estão no litoral de SC”, explica Guilherme Werner, da Brain.
Para o presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção da FIESC, Marcos Bellicanta, as belezas naturais, a segurança, a elevada qualidade de vida e o potencial de valorização são os principais fatores que atraem investidores para o litoral catarinense.
Dados do estudo mostram ainda que o estado foi responsável por 50% das unidades lançadas no acumulado de 12 meses encerrado em março. Considerando apenas o primeiro trimestre deste ano, SC respondeu por 52,1% dos lançamentos.
Vendas
O aquecimento do mercado tem se refletido nas vendas. No acumulado de 12 meses encerrado em março, o estado foi responsável por 47,8% das unidades comercializadas e por 63,8% do VGV vendido no Sul, o equivalente a R$ 54 bilhões. Desempenho similar ocorreu no primeiro trimestre, quando SC respondeu por 46,7% das unidades vendidas – R$ 14,2 bilhões em VGV – , que corresponderam a 64,8% do valor comercializado no Sul.
“Santa Catarina lidera no mercado de alto padrão, com o litoral se destacando nacionalmente. Só para se ter uma ideia, em 2024, Porto Belo e Itapema venderam R$20 bilhões somados. Isso fez delas o segundo maior mercado imobiliário do país”, explica Werner.
A oferta final de imóveis da região Sul no primeiro trimestre do ano somou 84.157 unidades, das quais 47% estão em SC, 29,7% no Paraná e 23,3% no Rio Grande do Sul.