O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, assinou na quarta-feira (18), em Tóquio, uma Carta de Intenções com os ministérios japoneses dos Negócios Estrangeiros e da Agricultura, Florestas e Pesca. O acordo estabelece uma cooperação bilateral estratégica entre o estado catarinense e o Japão, com foco no fortalecimento da exportação de grãos e no desenvolvimento da infraestrutura logística necessária para sustentar esse crescimento.
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A assinatura do documento integra a missão internacional de Santa Catarina ao Japão e está alinhada ao Plano de Ação da Parceria Estratégica e Global Japão-Brasil (2025–2030), que reconhece o Brasil como fornecedor fundamental para garantir a segurança alimentar japonesa.
A iniciativa visa posicionar Santa Catarina como um hub logístico no abastecimento de grãos ao mercado asiático, aproveitando a localização estratégica do estado e o alto padrão sanitário dos seus produtos.
O Porto de São Francisco do Sul foi citado como peça central para viabilizar a ampliação das exportações. O governo estadual pretende realizar grandes investimentos em infraestrutura ferroviária, rodoviária e portuária, além de estimular a entrada de empresas japonesas no território catarinense, especialmente nas áreas de produção agrícola, alimentos e logística.
O objetivo é gerar empregos, aumentar a renda no estado e consolidar laços comerciais duradouros com o Japão.
Segundo o secretário de Articulação Internacional, Paulo Bornhausen, o protocolo de intenções prevê investimentos milionários e cria um ambiente favorável para que a produção catarinense alcance novos mercados.
Já o governador Jorginho Mello reforçou o compromisso de ampliar a presença do estado no comércio global, destacando que Santa Catarina já é reconhecida pela exportação de carne suína, e agora quer avançar também na área de grãos com estrutura adequada e segurança alimentar.
A carta assinada por autoridades japonesas e pelo governador catarinense tem validade inicial de dois anos e representa um compromisso político e institucional entre as partes.
O acordo abre caminho para estudos técnicos, fóruns bilaterais e a possibilidade de novos tratados mais aprofundados. A expectativa é que as primeiras ações práticas do protocolo comecem a ser executadas ainda neste ano.
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