A Receita Federal realizou a Operação Metalmorfose para desmantelar um esquema no setor de cobre, utilizado para a emissão de R$ 17 bilhões em notas fiscais fraudulentas de 2018 a 2020. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra cinco alvos em Joinville.
O esquema investigado consistia no uso de empresas fantasmas. Ao todo, 39 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Deles, 17 tiveram como alvos pessoas físicas e 22 alvos pessoas jurídicas em cidades de São Paulo e Santa Catarina. Veja quais:
- Joinville/SC (5 alvos)
- São Paulo/SP (10 alvos)
- Santo André/SP (6 alvos)
- Campinas/SP (2 alvos)
- Guarulhos/SP (2 alvos)
- Orlândia/SP (2 alvos)
- São Caetano do Sul/SP(2 alvos)
- Sorocaba/SP (2 alvos)
- Bertioga/SP (1 alvo)
- Espírito Santo do Pinhal/SP (1 alvo)
- Indaiatuba/SP (1 alvo)
- Jambeiro/SP (1 alvo)
- Mauá/SP (1 alvo)
- Mogi das Cruzes/SP (1 alvo)
- Ribeirão Preto/SP (1 alvo)
- Sumaré/SP (1 alvo)
O esquema investigado consistia no uso de empresas fantasmas para emissão de notas fiscais fraudulentas, supostamente relativas à venda de produtos e sucata de cobre. Conforme a Receita Federal, o esquema é sofisticado, estruturando-se em três núcleos e outros participantes ativos.
O primeiro núcleo é formado por uma extensa rede de empresas fantasmas, também conhecidas como “noteiras”, que existem apenas para emitir notas fiscais fraudulentas, simulando operações de compra e venda reais, principalmente de produtos de cobre e sucata.
O segundo núcleo é composto por empresas fornecedoras de produtos de cobre, localizadas principalmente em Santa Catarina. O terceiro é formado pelos clientes do esquema, empresas paulistas do setor de cobre, que utilizavam as notas fiscais fraudulentas para sonegar tributos federais e estaduais de duas formas.
Além dos três núcleos, também são apontados como participantes ativos do esquema o principal operador e contadores, que atuaram para a abertura e manutenção de pelo menos 113 empresas fantasmas já identificadas.