A concessionária Arteris e a empreiteira Camargo Corrêa Infra anunciaram oficialmente nesta segunda-feira (23) a quebra de contrato nas obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis.
O distrato foi confirmado na semana passada por representante da Arteris em audiência na Câmara de São José a respeito da obra, com a afirmação de que uma nova empresa entrará em 30 dias. Segundo a Arteris, a desmobilização de cerca de 2 mil operários da obra não vai significar novo atraso na entrega do contorno, prometido atualmente para dezembro de 2023.
A Arteris, em nota, reiterou que abrirá os 50 quilômetros de via rápida ao trânsito nos 19 meses que restam de obra, o que significa a conclusão de 45% do que ainda resta após 10 anos de trabalho: quatro túneis e três “trombetas” (conexões norte e sul com a BR 101 e cruzamento com a BR 282). “Durante todo o processo de negociação, as obras permaneceram em ritmo normal, sem paralisações ou prejuízos ao andamento dos trabalhos”, diz a concessionária.
A Camargo Corrêa Infra – a empresa “reposicionada” depois dos escândalos da anterior flagrados na Operação Lava Jato – era responsável pela construção de dois túneis duplos, 11,4 km de estrada e das intersecções (trombetas) em Palhoça.
O Contorno Viário da Grande Florianópolis, previsto em contrato para ser concluído no quarto ano de concessão (2012), custará aos usuários do trecho norte da BR-101 em Santa Catarina cerca de R$ 3,7 bilhões, pagos nas cinco praças de pedágio da Autopista Litoral Sul. O Ministério Público Federal afirma que estuda a possibilidade de pedir isenção da cobrança ou redução da tarifa caso haja comprovação de atraso em relação ao último cronograma de eventos previsto até dezembro de 23.