Portaria garante regras para pesca artesanal de camarão nas baías da Ilha de Santa Catarina

Portaria garante regras para pesca artesanal de camarão nas baías da Ilha de Santa Catarina
Foto: Secom/Divulgação

A SAQ (Secretaria de Estado de Aquicultura e Pesca) publica nesta segunda-feira, 7, uma nova portaria com regras específicas para a pesca artesanal de camarão nas baías Norte e Sul da Ilha de Santa Catarina. A normatização, que esclarece os critérios para a atividade na região de Florianópolis, atende a uma antiga reivindicação dos pescadores artesanais locais.

“Tivemos algumas reuniões com os pescadores de camarão da Grande Florianópolis e por isso essa portaria foi criada. A intenção é garantir que a captura com a rede de malha cinco pudesse acontecer sem qualquer prejuízo aos pescadores. Chamamos a Polícia Ambiental para entender as regras da fiscalização e discutimos essa portaria que será publicada hoje. O objetivo da SAQ é garantir a segurança jurídica aos pescadores e para a própria polícia ambiental na questão da fiscalização. Sabemos da importância da tradicional pesca artesanal do camarão que é fonte de renda de centenas de famílias catarinenses”, disse o secretário da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo.

Entre as principais determinações, está a exigência do uso de redes de pesca com malha mínima de 50 milímetros e a medida vale para os camarões branco e rosa, que são comuns na região. A portaria também define que o tamanho mínimo de captura dos camarões deve ser de 9 centímetros, com tolerância de até 10% do total pescado para exemplares menores. Além disso, o comprimento máximo das redes será de 600 metros.

“Essa portaria já é um pleito nosso há mais de trinta anos. Agora, a gente vai poder ir pro mar com a cabeça erguida. Nós pescadores não tínhamos certeza da legislação que dava uma ampla interpretação sobre a pesca do camarão. Nós não somos bandidos e muitos pescavam com medo. Agradecemos demais ao secretário Frigo e ao governador por esse apoio a nós pescadores”, reforçou Silvanir Ferreira, pescador do bairro João Paulo, em Florianópolis.

Para reforçar a segurança e organização da pesca, a norma exige que as redes sejam sinalizadas com bandeiras pretas nas extremidades, com pelo menos 1 metro acima da linha d’água. À noite, as bandeiras devem ser iluminadas. Também fica proibido o uso dessas redes nos canais de navegação e em áreas destinadas à aquicultura.

“Essa portaria traz a segurança jurídica não só aos pescadores que exercem essa atividade de forma artesanal, mas também para a própria fiscalização da Polícia Militar Ambiental. Nós sabemos que a atividade pesqueira ela movimenta a economia do nosso estado, mantem viva uma tradição que identifica Santa Catarina e pra isso é importante nós trazermos harmonia e equilíbrio no uso dos recursos naturais, garantindo que as futuras gerações possam usufruir dessas riquezas”, destacou o comandante da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina, Fabrício Berto da Silveira.

A medida responde a uma solicitação apresentada pelos próprios pescadores em reunião com a SAQ no final de março, e leva em conta a tradição da pesca artesanal de camarão na grande Florianópolis.




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