Plano para conter desabamento de prédio na Beira-mar, em Florianópolis, é colocado em prática

Plano para conter desabamento de prédio na Beira-mar, em Florianópolis, é colocado em prática
Foto: CBMSC/Divulgação

Um prédio na Beira-mar Norte, em Florianópolis, colapsou após a ruptura de um pilar na segunda-feira (15). Segundo a Defesa Civil da Capital, uma empresa privada contratada pelo condomínio está realizando trabalhos para reforçar a estrutura nesta terça-feira (16).

O edifício, situado na Travessa Abílio de Oliveira, teve que ser evacuado às pressas devido ao risco de desabamento. De acordo com a pasta municipal, os moradores estão se abrigando em casas de parentes ou hotéis. Conforme a legislação estadual, não é necessário fornecer abrigo quando a região em questão não é considerada economicamente carente ou afetada por algum desastre natural.

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis, por meio da Defesa Civil, disse que o prédio está interditado por tempo indeterminado:

“Os trabalhos vão ser divididos em duas etapas. A primeira é o plano de estabilização emergencial para não haver novos colapsos, e a segunda é o plano de recuperação e reforço. Até esta sexta-feira, a equipe de engenharia contratada pelo condomínio vai colocar em prática a primeira etapa e depois será iniciado o plano de reforço para recuperar a estabilidade estrutural. Os moradores já estão alocados em hotéis, casas de parentes ou amigos ou ainda outras residências de suas propriedades.”

Confira a entrevista com o superintendente da Defesa Civil de Florianópolis, Luiz Eduardo Machado:

Causas da interdição

O edifício Morada do Norte foi construído há 42 anos, tem 12 andares e o colapso ocorreu em uma viga e em um pilar que atravessa as edificações de cima a baixo. Dos 25 apartamentos, 23 eram ocupados. Cerca de 64 pessoas habitavam o edifício.

Segundo informações do superintendente da Defesa Civil de Florianópolis, Luiz Eduardo Machado, um pilar periférico da estrutura está comprometendo parcialmente o uso do edifício. “Nossos esforços juntamente com a equipe de engenharia, que foi contratada pelo condomínio, é trabalhar no escoramento emergencial o mais rápido possível. Avançando no escoramento, diminuímos os riscos de novos colapsos”, destaca.

A previsão é de que esse escoramento emergencial termine entre quinta (18) ou sexta-feira (19). Sendo assim, após os trabalhos, é possível que as famílias retornem para retirar alguns pertences, mas o edifício só será liberado depois que todos os reforços e novos elementos sejam aplicados nas colunas e vigas.

Foram constatadas nas avaliações iniciais da Defesa Civil que os prédios próximos não correm risco de intervenções. “Continuamos monitorando, mas as avaliações iniciais não indicam um tombamento exacerbado do edifício que precisasse de uma intervenção periférica”, ressalta Machado.

Com o escoramento já existente, o pilar comprometido não exerce mais a função na edificação em três pavimentos.

O superintendente reforça que o edifício não estava em reforma. “A equipe do condomínio notou alguns problemas no reboco e ferrugem em ferros e armaduras e contrataram uma empresa para investigar e, durante essa investigação, houve o colapso da estrutura”, confirma.




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