
O Núcleo de Educação Infantil Municipal Diamantina Bertolina da Conceição, no bairro Rio Tavares, em Florianópolis, sofreu pichações com símbolos nazistas. Os atos criminosos ocorreram no muro interno, em um brinquedo do parquinho e na lixeira externa da escola. A situação gerou insegurança entre os pais dos alunos.
O incidente foi registrado na madrugada do dia 26 de março, mas veio ao conhecimento público somente na última semana. A Guarda Municipal esteve no local e um boletim de ocorrência foi registrado pela direção do estabelecimento. Imagens de uma câmera de segurança foram encaminhadas para a Polícia Civil.
Gabriela Góes, mãe de uma aluna de dois anos, relatou que a situação foi descoberta por outra mãe, que viu as pichações ao ir até a escola na última sexta-feira (4). “Ela nos avisou no grupo de pais no WhatsApp sobre a pichação. Nós não fomos comunicados pela escola”, conta.
Segundo Gabriela, a escola informou que, por solicitação da Prefeitura de Florianópolis, o caso não foi divulgado para que não se criasse alarde e os vândalos ganhassem repercussão.
“Compreendemos a diretriz da prefeitura, mas, como pais, nossa queixa é de que tiraram o nosso direito de decidir o que fazer no dia seguinte”, afirma Gabriela. Ao saber do caso, ainda na manhã de sexta-feira, ela não levou sua filha para o colégio. “A pichação deu a sensação de ameaça, de insegurança total. Conseguir invadir gerou uma fragilidade”, descreve a mãe.
Após a repercussão do caso, a Prefeitura de Florianópolis se manifestou e afirmou que “grupos radicais e extremistas costumam aproveitar da repercussão de acontecimentos pequenos, como das pichações na escola, para ataques muito mais graves”.
Ainda segundo a prefeitura, os comunicados aos pais das crianças que estudam na escola pichada foram pensados “para proteção e segurança das crianças, seguindo orientações da Polícia Civil”. O órgão público ainda relata que a presença da Guarda Municipal foi reforçada nas escolas, em especial na unidade vandalizada.
A Polícia Civil foi questionada sobre o andamento das investigações, mas não retornou à reportagem. O espaço segue aberto.
Com informações de ND+.