Santa Catarina registrou queda em diversos tipos de crime, como roubo (-2,7), homicídio (-8,6), latrocínio (-16%) e feminicídio (-4,6%) durante 2021. Na contramão, a violência doméstica aumentou (6,5%) no Estado no mesmo período, o que para o Colegiado Superior de Segurança Pública foi uma consequência do isolamento social e da limitação de relacionamento entre familiares. Os dados foram detalhados nesta segunda-feira (17), em uma coletiva de imprensa com os membros do grupo.
Em 2021, foram registrados os menores índices históricos de homicídio, roubo, furto de veículo e latrocínio, uma diminuição observada desde 2019. A Região Norte do Estado, com mais casos, teve 150 homicídios durante o ano passado; Já o Planalto Serrano foi a macrorregião com mais homicídios por 100 mil habitantes, com 64 casos entre 525 mil moradores. 49% das cidades catarinenses registraram algum homicídio, sendo Campos Novos o com maior aumento (7 ocorrências) comparado a 2020, e Florianópolis e com maior queda (-21 ocorrências).
Já os casos de feminicídio, apesar de uma queda de -4,6% quanto a 2020, apresenta um índice mais alto que os anos de 2015, 2017 e 2018, tendo registrado 1,5 morte a cada 200 mil habitantes. 89% dos autores foram presos, e 11% foragidos. As ocorrências de violência doméstica cresceu 6,5%, e incluem ameaça, estupro, lesão corporal, injúria, calúnia e difamação. Segundo o secretário adjunto da Secretaria de Segurança Publica, o pico de crimes observados em 2017 fez o Estado reestruturar as organizações da polícia, além da criação do Colegiado Superior de Segurança Pública, em 2019.
“Nós colocamos 1 mil policiais nas ruas, ajudando a recompor efetivo e incrementando outros, o que tem permitido agir de forma mais preventiva. É um trabalho de reestruturação que vem sendo feito desde 2017, quando foi o pico e nós precisamos rever alguns posicionamentos” avaliou o secretário.