Foi discutido em audiência pública da Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia da Assembleia Legislativa, o rompimento da lagoa de tratamento de esgoto da Casan localizada na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, que nesta segunda-feira (25) completou nove meses.
Foi lamentado pelo presentes que a presidente Roberta Maas dos Anjos não participou da sessão, já os representantes da companhia participaram de forma online.
Durante a audiência foi apontado que há um relatório da Casan feito em 2018, no qual mencionava que a lagoa de evapoinfiltração estava com comprometimento acentuado de sua capacidade de infiltração, o que conduzia à necessidade de remoção do lodo de fundo.
Porém a Casan não teria protocolado no órgão ambiental responsável, a solicitação para a autorização da limpeza, sendo que esta medida já era extremamente urgente em 2018.
A superintendente da Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis) Beatriz Campos Kowalski confirmou que, anteriormente ao acidente, o órgão jamais fora informado ou comunicado sobre qualquer urgência. Ela lembrou que em junho deste ano, cinco meses após o acidente, a Floram foi informada que a lagoa estava chegando na capacidade máxima.
De acordo com o engenheiro Alexandre Bach, representante da Casan, a empresa tem prestado todos os esclarecimentos e tem respondido todas as questões para vários órgãos tanto ambientais quanto judiciários.
Ao ser questionado, sobre os motivos que a empresa pediu autorização para uma segunda lagoa e não pediu para retirar o pacote lamoso, que dificultava a infiltração da água no solo arenoso das dunas, Bach respondeu que “só limpeza não resolve; só a outra área não resolve; são questões que têm de estar conjugadas. É necessária a distribuição dos efluentes para outras áreas e a remoção do lamoso para melhorar a infiltração”.