
Cada vez mais longe dos grandes estúdios de Hollywood, o cinema internacional conquista espaço com produções de alto nível técnico e narrativo. Filmes vindos da Coreia do Sul, Irã, França, Argentina e Nigéria se consolidam como protagonistas em festivais, premiações e plataformas de streaming.
Clique aqui e receba as notícias do Tudo Aqui SC e da Jovem Pan News no seu WhatsApp
O fenômeno é reflexo de uma audiência mais aberta a obras faladas em outras línguas e da consolidação de polos audiovisuais ao redor do mundo. O Oscar de Melhor Filme concedido a Parasita, de Bong Joon-ho, em 2020, marcou uma virada histórica nesse cenário.
Produção fora do eixo americano:

Cinema sul-coreano: potência global

Após o sucesso mundial de Parasita, vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2020, o cinema sul-coreano passou a ocupar lugar de destaque nos circuitos comerciais. Mas a Coreia do Sul já era referência há décadas, com nomes como Bong Joon-ho, Park Chan-wook (Oldboy) e Lee Chang-dong (Em Chamas). Seus filmes transitam entre o thriller psicológico, o drama social e a crítica política, muitas vezes em uma só obra.
França: onde a linguagem cinematográfica nasceu

Berço dos irmãos Lumière, a França é uma das maiores potências cinematográficas fora dos Estados Unidos. A tradição do cinema de autor continua viva com nomes como Céline Sciamma (Retrato de uma Jovem em Chamas) e Leos Carax (Annette). O país também lidera coproduções europeias e mantém uma das indústrias mais estáveis do mundo.
Irã: poesia e resistência

Apesar das rígidas restrições governamentais, o cinema iraniano é aclamado pela crítica por sua sensibilidade e sutileza ao abordar questões humanas e sociais. Cineastas como Abbas Kiarostami, Asghar Farhadi (A Separação) e Jafar Panahi transformaram o cotidiano em cinema universal. O país já venceu duas vezes o Oscar de Melhor Filme Internacional.
Argentina e Brasil: o melhor da América do Sul

A Argentina é um dos países latino-americanos com maior prestígio no cinema mundial, com obras como O Segredo dos Seus Olhos (Oscar de Filme Estrangeiro em 2010) e produções contemporâneas como Argentina, 1985. O Brasil também coleciona títulos impactantes como Cidade de Deus, Central do Brasil e Que Horas Ela Volta?, além de uma nova geração de cineastas voltada à diversidade e questões sociais.
Nigéria e a força de Nollywood

O cinema africano vem ganhando espaço, e a Nigéria é a principal locomotiva desse movimento. O país tem uma das indústrias mais produtivas do mundo, conhecida como Nollywood, que produz milhares de filmes por ano, com forte apelo popular e cada vez mais atenção internacional
Interesse crescente do público
A ampliação do acesso por meio do streaming tem ajudado a popularizar essas produções. Plataformas como MUBI, Netflix, Prime Video e Globoplay aumentaram a oferta de filmes internacionais com legendas, facilitando a chegada ao público.
A diversidade temática, a inovação formal e o olhar mais autoral são apontados como principais qualidades dessas produções. Para quem deseja explorar novos territórios cinematográficos, a recomendação é clara: olhar além de Hollywood nunca foi tão recompensador.