Nação Guarani abre os desfiles das Escolas de Samba de Florianópolis na Nego Quirido

A G.R.E.S. Nação Guarani foi a responsável por abrir os desfiles no Complexo Nego Quirido, em Florianópolis. A escola coloriu de azul e branco a passarela e entrou pontualmente às 17h30 e terminou o desfile às 18h40.

• Clique aqui e receba as notícias do Tudo Aqui SC e da Jovem Pan News no seu WhatsApp 

Foram 1.300 integrantes que entraram na avenida com muita alegria e samba no pé. Eles contaram a história do enredo “Extraordinárias Mulheres da Nação”.

A Nação Guarani apresentou 16 alas e três carros alegóricos no desfile, que durou das 17h30 às 18h40. A escola ficou em 10º lugar no ano passado e fez 262 pontos.

Enredo

Neste ano, o enredo da escola neste ano fez uma abordagem marcante de mulheres que, por meio de posturas e lutas tornaram-se extraordinárias e vibrantes e um marco referencial para todas as mulheres da Nação.

Inspirado no livro “Extraordinárias Mulheres”, de Duda Porto de Souza e Ariane Carraro, o enredo procurou desenvolver o protagonismo das mulheres de cada período histórico.

O intérprete da Nação Guarani Roba Sacode contou com os apoios de Telma, Petry Mada e Débora; nos violões Luizinho Tuim, Leonardo Silva; no cavaquinho, Zico do Cavaco.

Transmissão

A Jovem Pan News Florianópolis realiza a transmissão do desfile das escolas de samba do Carnaval de Florianópolis. Ela pode ser acompanhada pelo youtube.

Alegorias

O primeiro carro chamado “Nação Guarani” apresentou o Índio Guarani, um dos símbolos da escola de samba e presente na bandeira da escola. O Índio Guarani é um dos símbolos representativo do Grêmio Recreativo Escola de Samba Nação Guarani.

A escultura Guarani nas formas mais variadas a cada ano, abriu o desfile da agremiação.

Carro abre-alas: Mamãe Oxum

O carro abre-alas trouxe a Mamãe Oxum, vestida nas cores amarela e dourada, representaram a imagem da resistência feminina.

Na mitologia ioruba, ela é considerada a “Grande Mãe” que atua no campo vibracional da fertilidade, e não é limitada apenas à fertilidade de gerar filhos, mas também na manifestação da prosperidade e criação de nossas vidas.

A principal cor foi o amarelo ouro, que representou a riqueza que a Orixá possuía, poder de atribuir. Nessa alegoria, a representação de Oxum foi marcante pela cor amarela e dourado como fantasias.

Houve também a participação de mulheres convidadas que de forma geral, são atuantes no cenário feminino. Quer seja, pela política, na educação, ONGs e na beleza. A Alegoria Abre Alas, Mamãe Oxum, contou com a participação da vereadora Carla Ayres (PT) e da ex-senadora Ideli Salvatti.

Antonieta de Barros e outras mulheres

Entre as 16 alas que passaram pela avenida, estiveram destaques como a terceira ala Maria da Penha, uma seleção de educadoras, historiadoras contemporâneas na ala Jornalismo e Cultura. A resistência de Dandara, líder feminina do Quilombo dos Palmares que era companheira de Zumbi.

A escola fez também homenagens a professora catarinense Antonieta de Barros, que quando começou a dar aulas, o analfabetismo em Santa Catarina era de 65% da população.

Aos 17 anos, Antonieta de Barros fundou o curso particular que levava seu nome, com o objetivo de ensinar jovens e adultos a ler e a escrever. Em 1934, foi eleita a primeira deputada estadual negra do país. É dela o projeto de lei que institucionalizou 15 de outubro como o Dia do Professor.

Outras mulheres homenageadas no desfile da Nação Guarani foram: Anita Garibaldi, que participou da Revolução Farroupilha, Ivone Lara e Carmem Miranda que fizeram parte da cultura brasileira e Chiquinha Gonzaga pianista e compositora carioca.

Mulheres empreendedoras com histórias de sucesso, artistas brasileiras, como Tarsila do Amaral e esportistas e atletas, como Marta, escolhida seis vezes a melhor jogadora de futebol do mundo.