Mulher com pinça no corpo após operação cardíaca será indenizada por erro médico

 Mulher com pinça no corpo após operação cardíaca será indenizada por erro médico
Foto: Imagem Ilustrativa/Freepik

Uma paciente que, ao ser submetida a procedimento cardiovascular, teve esquecida uma pinça na região próxima ao coração será indenizada. A decisão é da 5.ª Vara Cível da comarca de Joinville, que condenou o hospital e o médico cirurgião responsável pela equipe de intervenção ao pagamento de R$ 20 mil de danos morais.

Os demais integrantes da equipe que acompanhou a cirurgia foram excluídos de responsabilidade. Consta na inicial que, em meados de fevereiro de 2015, a autora foi submetida a cirurgia cardiovascular, com alta médica cinco dias após, ainda que com queixa de dores.

Deste modo, passou por atendimento com o profissional de confiança e após uma bateria de exames, foi constatado por meio de raio-x, que a paciente possuía uma pinça denominada bulldog no recesso posterior do pericárdio, que teria sido esquecida por ocasião da cirurgia.

Assim, acabou obrigada a submeter-se a nova intervenção para a retirada do equipamento esquecido, quando então cessaram as dores e o os riscos. Indignada com todos os transtornos, pugnou pela condenação solidária dos réus, que, em defesa, arguiram que a cirurgia cardíaca a que submetida a autora foi e é complexa e que não foram procurados pela paciente para a solução das dores reclamadas.

O perito judicial afirmou que “devido ao procedimento de revascularização houve esquecimento de pinça Bulldog em pericárdico, que não pode ser considerado complicação inerente ao ato cirúrgico, e que foi a causa das dores em região dorsal e precordial com irradiação para membro superior”.

Deste modo, a magistrada destacou em sua sentença que “o esquecimento de material cirúrgico no corpo do paciente se trata de erro médico, grosseiro, diga-se, e que não pode ser tolerado com naturalidade. Em decorrência, exclusivamente dessa nefasta ocorrência a autora foi obrigada a se render a outra intervenção hospitalar”.

Ela concluiu pela obrigação dos réus em promover a indenização da paciente. Ainda cabe recurso da decisão.




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