Mudança na contratação de professores ajuda na criação de vínculo com os alunos, destaca secretário da educação

Foto: getty images/divulgação

O secretário de educação de Florianópolis, Tiago Peixoto, se pronunciou na sexta-feira (24) sobre a mudança no perfil dos professores para a educação especial. A polêmica veio a tona quando a prefeitura anunciou que esses profissionais, antes especializados, seriam substituídos por professores auxiliares. De acordo com o pronunciamento, a qualidade dos acompanhantes das crianças com deficiência não será prejudicada e a mudança será apenas na nomenclatura.

Anteriormente, o professor especializado ficava três dias na escola acompanhando e um dia e meio cumpria hora-atividade. Portanto, era necessária a contratação de dois profissionais para acompanhar a criança durante a semana completa. Com a mudança, o professor auxiliar pode acompanhar a criança durante toda a semana em tempo integral, gerando menos gastos com contratação e proporcionando um vínculo de afeto entre contratado e aluno.

“Então você tinha um vínculo múltiplo, de mais de um profissional. Agora, você passa a ter vínculo com um profissional e todos os especialistas entendem que isso é um ponto importante e positivo”, destaca o secretário.

O QUE DIZ O SINDICATO?

O Sintrasem, que representa os professores da rede municipal, se posicionou contra a medida, afirmando que a mudança pode comprometer a qualidade da educação especial em Florianópolis. De acordo com o sindicato, a portaria nº 28/2025 flexibiliza a formação pedagógica dos profissionais responsáveis por atender os estudantes com deficiência, trocando docentes qualificados por auxiliares de sala com menos formação específica.

A entidade sindical também alertou para uma possível demissão em massa de profissionais que já passaram por processos seletivos e estavam atuando na educação especial. Para o Sintrasem, a substituição de professores por auxiliares pode abrir portas para a terceirização do setor e precarizar a função dos profissionais, que, segundo a crítica, não têm os mesmos direitos e remuneração dos docentes.




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