
Uma operação integrada das forças de segurança desarticulou, nesta quinta-feira (24), um centro clandestino de redistribuição de internet na comunidade da Serrinha, em Florianópolis. A ação resultou na apreensão de mais de 170 modens, cabos furtados e equipamentos de operadoras como Vivo, Claro e TIM. Um homem foi conduzido por furto de energia elétrica e receptação.
Clique aqui e receba as notícias do Tudo Aqui SC e da Jovem Pan News no seu WhatsApp
As investigações começaram após denúncias sobre a comercialização irregular de pacotes de internet na região. Durante abordagem a um veículo suspeito, policiais encontraram diversos equipamentos identificados como pertencentes às operadoras. Um dos ocupantes do carro revelou o endereço de origem dos materiais, local que já era monitorado pelas autoridades.
Equipamentos adulterados e origem criminosa

No endereço indicado, os agentes localizaram uma central clandestina equipada com materiais de redistribuição de sinal. No total, foram apreendidos 171 modens, quatro bobinas grandes de fio, 10 metros de cabos da Celesc, 20 quilos de cabos de fibra ótica e quatro roteadores Mikrokit. Técnicos das próprias operadoras acompanharam a ação e confirmaram que os equipamentos haviam sido furtados.

De acordo com a vice-prefeita e secretária de Segurança e Ordem Pública de Florianópolis, Maryanne Mattos, os equipamentos eram adulterados para disfarçar a origem. “Eles raspavam códigos de barras, removiam logotipos e colavam adesivos próprios para simular produtos novos. Os consumidores contratavam o serviço acreditando ser legal, mas usavam material furtado e modificado”, afirmou.
Esquema operava em postes da rede urbana

Maryanne também relatou que o padrão de atuação dos suspeitos chamou a atenção da fiscalização. “Havia movimentação frequente de pessoas uniformizadas, com veículos descaracterizados, manipulando cabos que não pertenciam à Celesc. Foi isso que levantou o alerta e nos levou até o ponto clandestino”, disse.
A operação contou com a participação da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica, Procon-SC e apoio da Secretaria de Segurança do município. As investigações seguem para apurar a extensão do serviço ilegal e identificar outros envolvidos.