Ministério Público cobra Prefeitura de São José por depósito clandestino de lixo ativo por mais de 10 anos

Ministério Público cobra Prefeitura de São José por depósito clandestino de lixo ativo por mais de 10 anos
Foto: MPSC/Divulgação

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) recomendou que a Prefeitura de São José interrompa imediatamente o descarte irregular de lixo em área pública. O local, conhecido como antigo Motódromo Pedra Branca, no bairro Potecas, é utilizado pelo município como depósito clandestino de resíduos desde 2011.

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A investigação apontou que a prática se intensificou ao longo dos anos, com queima de resíduos, remoção de vegetação nativa e ampliação da área afetada. A informação foi divulgada pelo MPSC na quinta-feira (26).

Em 2022, foi identificado um novo ponto de descarte utilizado pelo município, a cerca de 300 metros do original. Entre os resíduos, eram despejados eletroeletrônicos, restos de construção civil e outros materiais potencialmente poluentes não aceitos pela empresa contratada para limpeza urbana.

Descarte de lixo em São José não tinha licenciamento ambiental

A administração pública não possuía licenciamento ambiental para o descarte de lixo no local. A ação irregular foi confirmada pela Fundação Municipal do Meio Ambiente e contrariava uma resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente.

Além disso, a Fundação emitiu autos de infração ambiental e firmou um termo de compromisso com o município, que ainda não foi cumprido. O Ministério Público de Santa Catarina também solicitou informações sobre as providências adotadas pelo município em resposta às notificações ambientais.

A administração pública terá que apresentar o que foi feito para resolver o problema. O prazo para resposta é de 20 dias úteis, a serem contados a partir do recebimento do ofício.

“O licenciamento ambiental é um instrumento essencial para a preservação do meio ambiente, que visa assegurar que as atividades potencialmente poluidoras sejam realizadas de maneira controlada, minimizando os impactos negativos sobre os ecossistemas”, destacou o promotor de Justiça Raul de Araujo Santos Neto.

Em resposta, a Prefeitura de São José, por meio da Secretaria de Infraestrutura, afirmou que interrompeu o descarte de lixo no local há dois anos, quando foi notificada pelo Ministério Público.

“Todo o material recolhido passou a ser processado na sede da Secretaria de Infraestrutura, onde é triturado e, posteriormente, encaminhado ao aterro sanitário, localizado no município de Biguaçu, em total conformidade com as normas legais de destinação final”, declarou em nota.

Com informações de ND+.




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