O mês de fevereiro continuou a registrar prejuízos para as lavouras catarinenses, que somam, desde o ano passado, uma perda estimada em R$ 3,7 bilhões só nas plantações de milho, soja e feijão, segundo dados da Epagri/Cepa. O milho, principal afetado, terá até ao fim da colheita uma safra 34,5% menor. O consumo anual de milho em SC é de 7,3 milhões de toneladas, especialmente para alimentação de aves e suínos. Com as perdas, estima-se uma colheita de apenas 1,7 milhão de tonelada, obrigando os produtores de carne a importarem em maior quantidade os cereais.
A estiagem atinge com mais força a região oeste do Estado, e a estimativa da Epagri é de que o clima seco permaneça até meados de abril. Em Chapecó, a prefeitura já exigiu maiores investimentos por parte da Casan para mitigar os prejuízos, sobre o risco de rompimento de contrato com a empresa, caso as ampliações não sejam realizadas. Além do prejuízo para os produtores, o consumidor também deve sentir os impactos na ponta.
Segundo o Índice Custo de Vida para Florianópolis, divulgado mensalmente pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), uma série de mercadorias registraram aumento nos preços: leites e derivados (0,69%), óleos e gorduras (0,68%), frutas (2,93%) e carnes (0,62%). Os produtos que mais encareceram foram a banana branca (7,85%), a melancia (9,12%), e a batata inglesa (12,85%).