Após nove meses do assassinato cruel de Isabelly de Freitas, de três anos, a mãe e o padrasto foram condenados a 78 anos de prisão, somando as duas sentenças.
O Tribunal do Júri começou na terça-feira (3) e se estendeu até a madrugada desta quarta (4), na Comarca de Indaial e durou cerca de 17 horas.
O padrasto foi condenado a 41 anos e nove meses de reclusão e mais um mês e 20 dias de detenção. Segundo o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), pesou o fato dele ser reincidente, porque cumpria pena em regime aberto.
Já mãe de Isabelly foi condenada a 36 anos e 11 meses de reclusão, e um mês e cinco dias de detenção.
As teses do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) foram acatadas integralmente pelo Conselho de Sentença e os dois foram condenados por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Outro fato que pesou na sentença, foram as agravantes da menina ser menor de 14 anos, e ter grau de parentesco com os réus. Eles ainda foram condenados por ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
Relembre o caso da Isabelly de Freitas
O caso foi descoberto no dia 6 de março deste ano, após o corpo da menina ser encontrado em uma mala, abandonado em um local de mata fechada, às margens da BR-470.
De acordo com os autos do processo, por volta das 11h do dia 4 de março, o casal teria matado Isabelly de Freitas espancada, na casa onde a família residia, no bairro Rio Morto, em Indaial.
Cerca de quatro horas após o homicídio, mãe e padrasto foram flagrados por uma câmera de segurança transportando o corpo da menina em uma mala. Após ocultar o corpo em uma vala rasa, no mesmo dia, o casal divulgou o desaparecimento da criança, gerando um boletim de ocorrência sobre um suposto sequestro.