A Justiça do Estado de Minas Gerais decidiu por bloquear diversos bens dos sócios da agência de viagens, 123Milhas. Somados, os patrimônios bloqueados valem R$ 50 milhões. Com a decisão, o patrimônio pessoal de Ramiro Madureira e Augusto Madureira ficará preservado para garantir o pagamento de créditos aos consumidores lesados.
No mês de Agosto, diversos clientes da empresa foram lesados pela suspensão da emissão de passagens da “Linha Promo” que teriam seu embarque entre os meses de Setembro e Dezembro deste ano. O prejuízo aos consumidores é investigado pela Justiça e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
A empresa declarou que ainda não foi comunicada da decisão, mas que vai recorrer dentro do prazo legal. Em depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras na Câmara dos Deputados, no início do mês, um dos sócios da 123Milhas, Ramiro Madureira, disse que o modelo de negócio equivocado levou à falência da empresa.
Segundo ele, a empresa acreditava que os custos iriam reduzir a partir da recuperação do mercado de viagens após a pandemia, o que não ocorreu. O modelo dependia de novas compras no site, que foi menor que o esperado. Na linha promocional, a Promo, os clientes compravam passagens com datas flexíveis.