O Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, está operando com 170% da capacidade de ocupação da emergência na manhã desta segunda-feira (22). A informação foi confirmada pelo diretor do hospital, Daywson Koerich, que afirma que o local registrou um acréscimo no quantitativo nos atendimentos de emergência relativo a traumas.
Nesta segunda-feira, por volta das 6h, dezenas de pacientes aguardavam para serem atendidos em macas nos corredores do Hospital Regional de São José. De acordo com as pessoas que vão ao local na espera de uma consulta, há um primeiro atendimento, entretanto, não conseguem vagas dentro dos quartos.
Em nota, a SES (Secretaria estadual de Saúde de Santa Catarina) informou que, após classificação de risco, todos os pacientes são acolhidos e atendidos nos serviços de emergência. “Neste momento, a unidade enfrenta um volume maior de internações, porém, está sendo assegurado que todos sejam prontamente atendidos”, diz o documento.
Além disso, a unidade destacou que não possui falta de nenhum material relacionado a curativos, sendo estes realizados conforme prescrição médica. “Do mesmo modo, diariamente, todos os pacientes têm livre acesso a banho e demais cuidados integrais que incluem higiene e conforto. Quanto ao quantitativo médico, o quadro está completo”.
Cresce internação por trauma
Segundo Daywson Koerich, o hospital opera com duas emergências: uma relacionada aos traumas e outra para a parte clínica. Segundo ele, houve um aumento significativo, desde dezembro do ano passado, no número de pacientes na internação por trauma, o que influencia na lotação da unidade de atendimento.
“Durante a pandemia o hospital internava em torno 140 pacientes vítimas de trauma que sofreram acidentes e precisavam passar por cirurgia. Atualmente, o número pulou para quase 400 pacientes por mês”, afirma.
Medidas
Segundo a SES, a unidade tem traçado estratégias junto aos demais hospitais de retaguarda para encaminhamentos. Uma das medidas em curso refere-se ao direcionamento referenciado ao Hospital Florianópolis, visando o atendimento de vítimas de traumas leves e cirurgias de ortopedia.
“O HRSJ esclarece ainda que trabalha com o sistema porta aberta e registra que a maioria dos casos acompanhados na emergência teriam resolutividade em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), níveis de menor complexidade. Entretanto, por diversas razões, o usuário opta por procurar uma unidade de alta complexidade, impactando em uma sobrecarga da mesma”.