Grupo suspeito de importar ilegalmente 500 mil celulares é alvo da PF em SC e outros 5 estados

Grupo suspeito de importar ilegalmente 500 mil celulares é alvo da PF em SC e outros 5 estados
Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

A Polícia Federal do Distrito Federal e a Receita Federal deflagraram, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Corisco Turbo contra um grupo suspeito de importar ilegalmente mais de 500 mil telefones celulares nos últimos cinco anos. Os alvos são de Santa Catarina e outros cinco estados: São Paulo, Goiás, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal.

Cerca de 250 policiais federais e 100 servidores da Receita participaram da operação. Foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão, 25 ordens de sequestro de bens imóveis, 42 ordens de sequestro de veículos, além do bloqueio de R$ 280 milhões nas contas dos alvos da operação. A quantidade de ações em Santa Catarina não foi divulgada.

De acordo com as investigações, há indícios do envio de R$ 1,6 bilhão ao exterior. A organização criminosa se subdividia em núcleos de venda de produtos eletrônicos, transporte e armazenamento, constituição de empresas fictícias, envio de dinheiro para o exterior e receptação dos produtos para revenda em comércios.

Os investigadores também encontraram indícios de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de doleiros e de transferência de criptomoedas. Entre as apreensões feitas pelos agentes está um avião do modelo Corisco Turbo, que deu origem ao nome da operação.

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, que também determinou medidas cautelares diversas da prisão em desfavor dos principais investigados, tais como proibição de se ausentarem do país, com a entrega dos passaportes em 24 horas, proibição de se ausentarem do município de domicílio, comparecimento mensal ao Juízo Federal para informar as atividades e proibição de manterem contato uns com os outros.

Os suspeitos devem responder pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, que possuem penas máximas que podem chegar a 37 anos de reclusão.




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