Esta segunda-feira (6) marca o quinto dia de greve dos funcionários da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) e, segundo a prefeitura de Florianópolis, 50 equipes de três empresas terceirizadas já atuam na coleta de lixo no município.
Elas foram contratadas na sexta-feira (3) e trabalham nas regiões Central, Sul e Leste da Ilha. Já o Norte e o Continente seguem com a coleta normal, já que não fazem parte do roteiro dos grevistas e contam com serviços de outro terceirizada.
Os contratos, firmados de forma emergencial com a FG Soluções Ambientais, Proactiva e Recicle, tem duração máxima de 60 dias. Além dessas equipes, alguns trabalhadores da autarquia não aderiram à greve e seguem nas ruas.
De acordo com o prefeito Topázio Neto, a cidade não vai ficar refém do sindicato.
“O nosso papo com o mercado é direto e transparente: quem quiser vir para Florianópolis fazer a coleta de lixo, nós vamos pagar R$ 207,00 por tonelada. Isso é metade do que a Comcap cobra”, disse o prefeito em um vídeo divulgado neste domingo.
A greve decretada pelo Sintrasem foi considerada ilegal no mesmo dia, de acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Enquanto os trabalhadores não retornam, o sindicato está sendo multado em R$ 100 mil por dia.
Já o movimento grevista, por meio de suas redes sociais, mostra uma série de relatos de pessoas que alegam a falta de qualidade do serviço prestado pelas terceirizadas. Além disso, Renê Munaro, presidente do sindicato, informou que conversou com João da Luz, presidente da Comcap, o qual informou que apenas 23 caminhões contratados estão operando e não 50, como publicado pela prefeitura.
A paralisação começou na quarta-feira (1), dia em que venceu o acordo coletivo dos funcionários e, em assembleia dos sindicalistas, a categoria decidiu não aceitar a proposta da prefeitura. Esta é a segunda greve somente neste ano.
Nesta segunda-feira, por volta das 14h30, deve ocorrer uma mesa de negociação entre o Sintrasem e o executivo municipal para tentar um acordo para o fim do movimento.