Você já ouviu falar na Leishmaniose Canina? Desde 2010 já foram diagnosticados 1.076 casos de cães com Leishmaniose e cinco pessoas que contraíram a doença em Santa Catarina.
A Febre Maculosa Brasileira, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida pelo carrapato Amblyomma, é outro exemplo de doença infecciosa recorrente em animais.
Ambas já foram registradas em Santa Catarina nos últimos anos, por isso, pensando em prevenir novos casos e orientar sobre tratamentos, a Semae (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde) promove nesta terça-feira (27) um Seminário para debater esta e outras doenças relacionadas aos animais.
O encontro, organizado pela Dibea (Diretoria de Bem-Estar Animal) da Semae, contará com a participação de pesquisadores da área e será voltado para os gestores de saúde e meio ambiente dos municípios.
“O evento marca a comemoração do Agosto Verde Claro, que traz como campanha a discussão sobre as zoonoses e a prevenção, que também deve acontecer durante todo o ano. Será também o primeiro evento da Diretoria do Bem-Estar Animal Estadual recém criada”, afirma a diretora Fabrícia Costa.
A leishmaniose é uma doença que não tem cura, mas podem ser tomadas algumas medidas de prevenção da infecção.
O mosquito-palha, que transmite a doença entre animais e humanos, vive em locais com muita matéria orgânica, por isso deve-se sempre preservar os ambientes higienizados e também fazer uso de repelente de mosquito para cachorro, coleiras antiparasitárias e telas de proteção, para espantar o mosquito.
Mas a principal forma de prevenção é a vacina para os animais. A partir dos 4 meses, os filhotes já podem ser vacinado. São três doses com intervalos de 21 dias entre cada uma – a vacina precisa ser repetida todo ano.
Já em relação aos carrapatos, que transmitem a febre maculosa, são animais hospedeiros de capivaras, cada vez mais presentes em áreas urbanas.
“Por isso, a Diretoria de Bem-Estar Animal estadual abre espaço para a discussão estratégias de controle populacional das capivaras para reduzir o risco de transmissão de doenças relacionadas à esses animais, fora toda a orientação sobre outras zoonoses”, conclui Fabricia Costa.
Para que todos os municípios catarinenses tenham acesso ao conteúdo do Seminário de prevenção das Zoonoses, a Semae vai transmitir ao vivo do evento, além de oferecer participação presencial para 140 pessoas no auditório da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (GranFpolis). O objetivo principal é discutir ações de conscientização e prevenção da Leshimaniose e outras Zoonoses.
Na Semana Nacional de Controle e Combate às Leishmanioses, estabelecida por meio da Lei nº 12.604/2012, o Ministério da Saúde reforça a importância da prevenção destas doenças infecciosas que afetam seres humanos e animais.
O propósito dessa data é incentivar iniciativas educativas e preventivas, fomentar discussões e outros eventos relacionados às políticas públicas de vigilância e controle da Leishmaniose, respaldar as atividades de prevenção e combate à Leishmaniose promovidas pela sociedade civil e disseminar os avanços científicos e técnicos associados à prevenção e ao enfrentamento da Leishmaniose.
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