
Um estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em parceria com o Ministério das Cidades, projeta uma expansão significativa na infraestrutura de transporte coletivo de Florianópolis nas próximas três décadas. A proposta prevê a implantação de 77 quilômetros de corredores de média e alta capacidade, com possibilidade de adoção de BRT (Transporte Rápido por Ônibus) ou VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
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O projeto integra o Rede Futura, estudo que compõe o ENMU (Estudo Nacional de Mobilidade Urbana), e tem como meta atender cerca de 438 mil pessoas por dia na capital catarinense.
Atualmente, Florianópolis não conta com esse tipo de estrutura, e nenhum morador vive a até 1 km de uma estação de transporte de alta capacidade. Com a nova rede, esse índice saltaria para 30,3% da população urbana.
Padrão internacional
Segundo o estudo, o indicador RTR (Transporte Rápido para o Residente), que avalia a cobertura da rede em relação à população urbana, sairia de zero para 43 com a implementação do sistema. Esse número se aproxima dos registrados em grandes metrópoles como Londres (44,7) e Nova Iorque (47,7).
A proposta representa uma mudança estrutural no transporte público da capital, promovendo maior conectividade, redução no tempo de deslocamento e melhorias na mobilidade urbana de longo prazo.
Mobilidade nacional em foco

Florianópolis é uma das 21 regiões metropolitanas incluídas no estudo nacional. No total, o ENMU projeta 2.500 km de novas linhas de metrô, trem, VLT, BRT e corredores exclusivos de ônibus em todo o país até 2054.
A próxima etapa do projeto, prevista para julho e agosto, deve detalhar cerca de 200 propostas viáveis para implantação de sistemas de transporte coletivo de alta capacidade, com estimativas de custo, impacto urbano e retorno social. O objetivo é formar um banco nacional de projetos para orientar políticas públicas e atrair investimentos em mobilidade.