O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, concedeu entrevista à Jovem Pan News Florianópolis, nesta sexta-feira (12), e comentou entre outros assuntos a participação da China na economia e política brasileira. “Nós queremos continuar vendendo para a China, mas não queremos mais condicionar todas as nossas decisões estratégicas aos interesses da China”, completa Ernesto Araújo.
Ele admite que desde o início do governo Bolsonaro, o Brasil aumentou sua dependência econômica da China, mas sem resistência por parte da presidência. Hoje, a China compra 32,3% de tudo o que o Brasil vende ao mundo, o que coloca o gigante oriental como o nosso maior parceiro econômico. Segundo ele, o perigo da relação entre as nações está na influência do governo chinês na política brasileira.
“A China penetra em cada país pelo flanco frágil. No Brasil, o flanco frágil é a corrupção. […] Por isso que você vai achar no Congresso uma bancada chinesa”, e completa o ex-ministro, “Os mais entusiastas da China no Congresso brasileiro não são os do Partido Comunista do Brasil, ou da extrema-esquerda, mas são desse grande sistema de centrão que infelizmente domina a política”.
Ernesto Araújo participa no próximo dia 14 do 2º Congresso Conservador Liberdade e Democracia, assim como outras lideranças e personalidades da direita brasileira. O evento acontece na Arena Multiuso, em São José, mas alguns convidados estarão à distância.