Em estudo apresentado esta semana no Uruguai, durante o XXIII Colóquio Internacional de Gestão Universitária, a professora Flora Moritz da Silva, de Florianópolis, sustenta que o estímulo ao empreendedorismo no ambiente acadêmico ajuda a desenvolver habilidades profissionais, ainda que os estudantes não criem os próprios negócios.
O trabalho “Inovação e empreendedorismo universitário” aborda o Programa InovAÇÃO 2024, uma parceria entre a TXM Methods e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), realizada entre abril e junho deste ano.
No InovAÇÃO, os participantes – estudantes de graduação ou pós-graduação – elaboraram projetos desde a ideação, elaboração e plano de ação até os pitches finais.
No final, foram premiados o melhor modelo de projeto, melhor projeto de sustentabilidade e melhor pitch. A escolha foi feita por critérios de relevância do problema, proposição única de valor, viabilidade econômica e qualidade de apresentação. Os melhores projetos receberam também prêmios em dinheiro.
Ao longo do evento, 250 pessoas atuaram em 58 projetos de diferentes áreas do conhecimento com base tecnológica, sendo 12 selecionados para a premiação. Na programação, todos participaram de oficinas, mentorias e palestras.
Para a autora do texto acadêmico, as universidades são espaços ideais para o estímulo do empreendedorismo.
“É interessante que os gestores universitários conheçam esse tipo de programa e promovam a inovação dentro das instituições. Os próprios estudantes têm vontade de participar”, diz, acrescentando que apesar disso muitas universidades ainda não têm uma metodologia.
Segundo o Sebrae, citado por Flora no artigo, a maioria dos alunos deseja saber mais sobre o empreendedorismo e como aplicá-lo em suas carreiras.