Confirmado pela Polícia Civil de Santa Catarina o adiamento do interrogatório do dono da oficina mecânica de Goiás, onde foi modificada e customizada a BMW em que quatro jovens morreram, após intoxicação por monóxido de carbono em Balneário Camboriú, no Litoral Norte Catarinense.
De acordo com o delegado Vicente Soares, a oitiva que aconteceria por videochamada, na segunda-feira (15), foi cancelada porque a investigação ainda aguarda o anexo de alguns laudos periciais ao processo.
A defesa do suspeito afirmou que a peça automotiva foi desenvolvida por uma empresa terceirizada, assim como a instalação. O advogado também solicitou o adiamento da oitiva alegando falta de acesso ao inquérito, o que foi concedido.
Da primeira vez, o proprietário foi ouvido como testemunha, mas agora estará na condição de “interrogado”. A oficina alega que o serviço foi feito por uma empresa terceirizada, mas preparada. Disse também que a customização foi feita em junho de 2023, mais de seis meses antes da intoxicação.
“A empresa terceiriza muitos serviços, muitos, inclusive fora do estado, com serviços locais. [Nesse caso] a peça e a montagem [foram terceirizadas]”, afirmou o advogado David Soares.
Asfixia
Segundo a Polícia Civil, os quatro jovens encontrados desacordados dentro de uma BMW na manhã de 1º de janeiro morreram asfixiados por monóxido de carbono.
A suspeita sobre o envenenamento pela substância sem cheiro e altamente tóxica já havia sido levantada na investigação. Ao longo da apuração, laudos comprovaram que o gás saiu pelo ar-condicionado do veículo, que passou por ao menos três customizações.