
Ensinar as crianças a lidar com o dinheiro pode parecer uma tarefa complexa, mas especialistas afirmam que a educação financeira pode — e deve — começar ainda na infância. Com métodos lúdicos e adaptados à linguagem infantil, é possível introduzir conceitos como economia, consumo consciente e planejamento desde os primeiros anos escolares.
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“A criança que aprende desde cedo a fazer escolhas com o dinheiro tende a se tornar um adulto mais consciente financeiramente”, explica a educadora financeira Marina Leite. Segundo ela, o ideal é que os ensinamentos comecem dentro de casa, com os pais mostrando na prática como o dinheiro é ganho, gasto e poupado.
Um dos métodos mais utilizados é o uso da mesada ou semanada. Segundo Marina, mais do que um simples valor entregue periodicamente, a mesada é uma ferramenta educativa. “Com ela, os pequenos aprendem a tomar decisões, lidar com a espera e entender que o dinheiro é limitado”, diz.

Nas escolas, a educação financeira vem ganhando espaço. Desde 2020, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o tema dentro do componente de Matemática, de forma transversal. Algumas instituições já trabalham com projetos voltados à consciência financeira, como feiras de trocas, oficinas de orçamento e simulações de compras.
Para os pais, a recomendação é começar com pequenos passos: incluir os filhos em decisões simples do dia a dia, como fazer a lista do supermercado, comparar preços e definir prioridades. Livros infantis e jogos educativos também são aliados nesse processo.
Num país onde o endividamento das famílias atinge níveis recordes, investir na educação financeira das novas gerações é visto por muitos como um passo necessário para formar cidadãos mais preparados e conscientes economicamente.