A Polícia Civil de Santa Catarina está nas ruas desde o início da manhã desta terça-feira (3), para investigar um esquema de favorecimento de organizações sociais e desvio de verbas públicas, por parte de empresas terceirizadas. As irregularidades teriam ocorrido a partir de contratos firmados com a administração de Florianópolis, nos anos de 2020 e 2022. Duas pessoas foram presas por envolvimento nos crimes.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Palhoça, São José, Florianópolis e Canelinha, em Santa Catarina, e em Rondonópolis, em Mato Grosso. Além disso, foi realizado sequestro de bens e valores, que ultrapassam os R$ 3 milhões.
Segundo apurado pela Jovem Pan News Florianópolis, a investigação tem relação com o Restaurante Popular e a Secretaria de Assistência Social do município, inclusive envolvendo integrantes do alto escalão da administração municipal, de 2020 a 2022.
A operação, denominada “Pecados Capitais”, investiga agentes públicos e dirigentes de duas organizações sociais, que firmaram contratos com a Prefeitura de Florianópolis, nos anos de 2020 e 2022.
De acordo com a investigação, há indícios de que agentes públicos interferiram no processo de seleção das referidas organizações sociais para benefícios pessoais e de terceiros.
A apuração da Polícia Civil também identificou possíveis desvios de recursos públicos através de empresas contratadas pelas organizações. Os serviços teriam sido superfaturados visando lucro dos investigados.
A operação contou com a participação de 74 policiais, de várias unidades da DEIC e da Grande Florianópolis. As investigações continuam para apurar todas as circunstâncias e eventuais novos envolvidos.
Nota oficial da Prefeitura de Florianópolis
Em nota, o executivo municipal informou que “até o momento, as informações que chegaram à prefeitura são de que a operação se trata de fatos ocorridos entre 2020 e 2022, antes da administração atual”.
A administração destaca ainda que “a atual gestão já havia aberto uma auditoria interna em relação à entidade que administra o restaurante popular, punindo-a, inclusive, determinando devolução de recursos”, diz a nota.