Disputar as Olimpíadas de 2028 em Los Angeles (EUA) é a meta da jovem amazona Maria Vitória Gastão da Rosa, de Florianópolis.
Hoje, aos 16 anos de idade e cerca de seis anos após o primeiro título importante conquistado quando ainda era criança, ela cumpre uma rotina de treinos diários de até três horas de olho no ouro olímpico e, enquanto isso, vai colecionando troféus nas mais relevantes competições no Brasil – no total, já são oito pódios nacionais.
“Meu sonho é ir para as Olimpíadas e, para chegar lá, vou treinar bastante, me dedicando cada vez mais a esse esporte que amo”, promete Maria Vitória, cuja beleza, elegância e carisma também se destacam nas pistas país afora.
No momento, a catarinense está se preparando para mais um Campeonato Brasileiro de Amazonas, em setembro, em Curitiba. No ano passado e em 2020, ela ficou entre as melhores na desafiadora disputa, que reúne atletas de todas as idades.
Além disso, Maria Vitória comemora a notícia de que foi uma das três atletas – a única do Sul do país – convocadas pela Confederação Brasileira de Hipismo para disputar o Campeonato Sul-americano da Juventude em outubro, em Quito, no Equador.
A atleta chega ao segundo semestre do ano embalada por uma participação brilhante no Campeonato Brasileiro da Juventude, realizado no Clube Hípico Santo Amaro, em São Paulo: foi vice-campeã na individual e campeã por equipe, na categoria Pré-Júnior, montando Cardento, um dos seus três cavalos de competição – os outros são Imperador e Harley.
“Depois desse campeonato, ela fez uma rápida pausa para descansar, mas já está voltando com toda força aos treinos. Vê-la conquistando prata entre as melhores do país foi muito gratificante”, comemora a mãe da atleta, Cristiane Gastão da Rosa.
Apoio familiar
O apoio da família tem sido essencial para essa trajetória exitosa. Além da companhia constante da mãe e dos irmãos Maria Júlia, também amazona, e Claudio Neto, o pai de Maria Vitória, o renomado advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, investe firme na carreira da filha, sendo seu “patrocinador” desde os primeiros saltos, aos sete anos, em 2015, quando ela tomou gosto naturalmente pelo esporte e entrou no circuito concorrendo na categoria “Escola”.
“Por causa dela, nossa vida mudou. Fazemos viagens frequentes de motorhome a outros estados, sempre com a família completa, e é sempre uma diversão, independente dos resultados nas provas. É uma alegria imensa comemorarmos juntos sua evolução no esporte. Em 2028, ela já terá ultrapassado a idade mínima de 18 anos exigida pelo hipismo. Confio que estaremos lá nos EUA torcendo por nossa menina”, ele afirma.
Recentemente, Gastão Filho comprou e modernizou um haras no Norte da Ilha de Santa Catarina, onde a amazona treina supervisionada pelo professor e técnico Daniel Vasconcelos, que a acompanha desde o início. “Ela é uma menina diferenciada, focada, um talento nato. Tenho certeza que chegará muito mais longe do que já chegou”, elogia o mestre.
Autodeterminação não lhe falta. “Nunca vou largar o hipismo, nunca vou parar de montar. Posso sonhar com Los Angeles porque confio no meu potencial e porque meu pai me incentiva e me apoia em tudo. Graças e ele cheguei até aqui”, ressalta.
E qual o conselho ela daria às iniciantes? “Escolha um bom cavalo, fique sempre grudado na sela e aperte bem as pernas para não cair”, sugere, em tom bem-humorado.
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