Na manhã desta terça-feira (6), a Polícia Federal realizou buscas na residência do desembargador Jorge Luiz de Borba, situada no bairro Itacorubi, em Florianópolis. Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), o desembargador e sua esposa são suspeitos de práticas de trabalho análogas à escravidão contra uma trabalhadora doméstica.
A investigação conta com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), além do MPF. Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Conforme o MPF, a operação foi deflagrada após diligências do MPT que reforçaram indícios da prática criminosa relatada ao órgão e confirmadas por testemunhas ouvidas na fase inicial da apuração. Os relatos são de trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes.
Conforme as investigações, o casal manteve na casa, há pelo menos 20 anos, uma pessoa que realiza tarefas domésticas das mais diversas, mas não possui registro em carteira de trabalho e não recebe salário ou quaisquer vantagens trabalhistas.