22/08/2025, 10h52 - Atualizado em 22/08/2025, 10h52
Foto: JOTA/Reprodução
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até as 20h34 desta sexta-feira (22) para prestar esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre a minuta de um pedido de asilo político na Argentina, descoberta durante diligências da Polícia Federal.
A exigência foi determinada por Moraes na noite de quarta-feira (20), após a PF indiciar Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Os investigadores apontam que ambos buscaram interferir no julgamento da chamada ação penal do golpe, na qual o ex-presidente é réu.
Segundo a PF, o documento foi produzido em fevereiro de 2024, logo após a operação que mirou aliados de Bolsonaro suspeitos de planejar um golpe de Estado. Com 33 páginas, a minuta trazia até o nome do presidente argentino, Javier Milei, escrito de forma incorreta. O arquivo estava associado a Fernanda Bolsonaro, esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A defesa nega qualquer intenção de fuga. O advogado e ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, declarou:
Foto: BBC/Reprodução
“Nunca ouvi falar de fuga para nenhum lugar. Nem Israel, nem Argentina. Nada. Tanto o celular dele quanto do principal ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, eram espaços onde inúmeras ideias chegavam e saíam sem nenhum juízo de valor e sem nenhuma apreciação.”
Após ouvir a defesa, Moraes deve encaminhar o caso à PGR (Procuradoria-Geral da República), que terá o mesmo prazo de 48 horas para se manifestar. Só então o ministro decidirá se mantém ou não a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
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