Criminosos geram R$ 2 milhões de receita com comércio ilegal de armas de fogo

Foto: PF / Divulgação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (01) a operação Pseudólogos, para desarticular uma possível associação criminosa que viabilizava a aquisição fraudulenta de armas de fogos. Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão e outras sete medidas cautelares nas cidades de Dionísio Cerqueira/SC e Barracão/PR, ambas situadas na fronteira entre Brasil e Argentina.

Durante a investigação, foi possível identificar que os suspeitos criaram uma estrutura empresarial para explorar, de forma organizada, o comércio varejista de armas e munições. A fraude consistia na falsificação de comprovantes de renda e declarações de residência, posteriormente utilizados por pretensos compradores, com o o objetivo de permitir que pessoas desprovidas de ocupação lícita e residência certa pudessem comprar uma arma de fogo.

Suspeita-se que os investigados tenham fomentado a circulação ilegal de inúmeras armas de fogo, inclusive em benefício de pessoas envolvidas com o descaminho e contrabando de produtos oriundos da Argentina.

A Polícia Federal, até o momento, identificou que o grupo atuou como representante em, ao menos, 690 processos junto ao SINARM (Sistema Nacional de Armas, administrado pela PF), tendo realizado a venda de aproximadamente 425 armas de fogo (das quais 220 de calibre 9mm), vindo a obter uma receita de quase R$ 2 milhões.

Foto: PF / Divulgação

A PF instaurou inquérito e pediu mandados de busca e apreensão à Justiça Federal em Chapecó, quebra de dados telemáticos e inúmeras outras medidas cautelares diversas da prisão.

Dentre as medidas que estão sendo cumpridas hoje, estão a suspensão das atividades de natureza econômica dos investigados, especificamente o comércio varejista de armas e munições, a suspensão de todas as permissões envolvendo arma de fogo, munições e acessórios concedidas pelo Exército Brasileiro em favor dos investigados, bem como o recolhimento de mais de 267 armas de fogo mantidas junto ao estabelecimento empresarial utilizado para viabilizar os crimes sob investigação.

Os investigados podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa. As penas somadas podem chegar a 14 anos de prisão.




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