
Diogo Fernando de Lima Hudema, de 35 anos, foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (6) após invadir uma casa no Centro de Penha, litoral norte de Santa Catarina, e manter uma mulher em cárcere privado por mais de nove horas. Foragido do CPVI (Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí), em Itajaí, ele é acusado de estupro, sequestro, roubo, ameaça, estelionato, falsa identidade e invasão de domicílio.
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De acordo com o relato da vítima, o homem entrou pela janela do quarto pouco antes da meia-noite, armado com uma faca, e anunciou: “O demônio chegou”. Visivelmente transtornado, ele passou a controlar todos os movimentos da mulher, impedindo qualquer contato externo e obrigando-a a manter uma postura submissa sob ameaças constantes.
Durante a madrugada, o criminoso usou o celular da vítima para conversar com terceiros e realizar transferências via Pix, simulando pagamento de aluguel e exigindo dinheiro.
Em um dos momentos mais assustadores, trancou a vítima no banheiro enquanto tomava banho, sempre com a faca em mãos.

A mulher também foi obrigada a permanecer sem roupas, sob constante vigilância. Em determinado momento, foi estuprada. O criminoso alegou, ao ser preso, que os atos ocorreram com consentimento, versão completamente desmentida pela vítima e pelas provas colhidas pela Polícia Civil.
Por volta das 9h30, o criminoso adormeceu após consumir comida e bebidas alcoólicas compradas com o cartão da vítima. Foi nesse momento que ela conseguiu escapar, correndo até a casa de um vizinho, onde pediu socorro. A polícia foi acionada e prendeu Diogo ainda dormindo, com a faca ao lado da cama.
Segundo familiares, conversas no celular do agressor revelaram que ele e um comparsa planejavam fugir com a vítima amarrada no carro dela às 15h30. A suspeita é de que pretendiam “desovar” a mulher.
Sobre o criminoso
Natural do Paraná, Diogo era considerado foragido desde sua fuga da penitenciária de Itajaí. Ele possui uma longa ficha criminal e circulava livremente por Santa Catarina mesmo após a evasão.
O caso está sendo investigado e deve ser encaminhado ao Ministério Público do Estado. A vítima está sob acompanhamento psicológico e o autor permanece preso à disposição da Justiça.