
O município de São José vive uma crise no saneamento básico e estuda romper antecipadamente o contrato com a Casan, que termina em 2027. A cidade está longe de cumprir as metas do marco legal do saneamento (Lei nº 14.026/2020), que exige 99% de acesso à água potável e 90% de cobertura de esgoto até 2033. Hoje, a água tratada atende 95,93% da população, mas apenas 48,44% têm acesso à rede de esgoto.
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Regiões populosas como Forquilhas, Areias e Serraria seguem sem cobertura, e muitos moradores usam fossas ou sistemas próprios. A prefeitura acusa a Casan de não ter capacidade de investimento e critica a lentidão nas obras, como a da ETE Potecas, que deveria ter sido entregue em maio de 2024, mas só deve ficar pronta no fim de 2025.

Embora a Casan afirme ter investido R$ 133,8 milhões entre 2023 e 2024 e prometa R$ 164 milhões até 2026 para esgoto, a gestão municipal diz que não há obras em andamento que confirmem esses valores. Além disso, a rede de água é antiga, com rompimentos frequentes, e 37% dos buracos nas vias são causados por obras da estatal.
A prefeitura prepara um novo modelo de concessão e exige comprovação de capacidade técnica e financeira das futuras operadoras. Mas enquanto critica a estatal, o município admite que ainda está apenas na fase de estudos para definir o novo modelo de saneamento, e não tem soluções consolidadas a curto e médio prazo.